segunda-feira, dezembro 31, 2007

Nasceram !!!!!

Queridos amigos de minha adorada dona,

Tomei o espaço dela para comunicar que acabo de ser mãe !
Isso mesmo !! MÃE de uma ninhada de dois lindos filhotes cinzentos !
Estou felissíssima !
Imaginem, minha mãe ou os donos dela me largaram aqui no jardim da minha dona quando eu nem desmamada estava ainda.
Minha branquela me acolheu, me deu leite no algodão e me aninhou na sua casa.
Transformei-me nessa linda felina, modéstia à parte, graças ao amor e aos cuidados dela.
Agora, retribuo com dois pimpolhinhos que nós ainda não sabemos o sexo, afinal, vocês sabem como é né? é a minha primeira ninhada do meu segundo cio e se a minha dona vier mexer muito com os meus pimpolhos, posso rejeitá-los. É a lei da natureza. Por isso, ela está respeitando, como boa dona que é, o meu espaço e o meu tempo de resguardo. Como sempre tem me alimentado e vem ficar comigo sempre que pode. Eu estou instalada debaixo da cômoda do quarto dela. Um lugarzinho maneiro pra ter meus "gatitos".
Bem, Eu e minha dona terminamos o ano em grande estilo.

Um ano novo muito bom para todos, assim como está sendo para nós duas !!!

domingo, dezembro 30, 2007

Amar e Ser Amado


Definir o amor tem sido assunto reservado aos poetas.
Mas a neurociência, quem diria, já pode dar os seus pitacos - ao menos para explicar por que amar e ser amado são desejos tão fortes e presentes em nossa espécie.
Considerados inviáveis dez anos atrás, dada a subjetividade do assunto, exames do cérebro de voluntários que contemplam imagens da pessoa amada ou a abraçam são hoje em dia bem aceitos pela ciência.
Esses estudos mostram de que é feita a experiência do amor pelo cérebro.
A presença do ser amado ativa o sistema de recompensa, trazendo sensações de prazer, felicidade e bem-estar como um todo, que, de quebra, nos ensinam a associar a tais sensações positivas o objeto de nosso amor e nos fazem querer continuar em sua presença e até ansiar por ela.
Essa ânsia é especialmente intensa quando o amor é reforçado por sexo - o bom sexo, voluntário e prazeroso, que, com o orgasmo, leva à liberação de hormônios como a ocitocina, que ativam ainda mais o sistema de recompensa.
Se o amor é correspondido, a presença da pessoa amada é também calmante.
Mesmo longe de levar ao orgasmo, um abraço já aumenta a liberação de ocitocina, que, além de estimular o sistema de recompensa, reduz a atividade das estruturas do cérebro responsáveis pelo medo e facilita a aproximação.
Abraços amorosos nos deixam menos temerosos e desconfiados e, por conseguinte, mais confiantes no outro, otimistas e dispostos a abaixar a guarda.
Sentir-se amado é um grande ansiolítico.
Quem de fato recebe a atenção e os cuidados do objeto do seu amor não se sente sozinho e tende a ter respostas mais saudáveis ao estresse, inclusive com a produção de quantidades menores do hormônio cortisol - aquele responsável pelos estragos do estresse crônico.
Receber um abraço dessa pessoa já basta também para diminuir instantaneamente o nível de cortisol no sangue.
Até o sexo é ansiolítico, por levar, com o orgasmo, à liberação de prolactina - uma grande responsável pela sensação de bem-estar e relaxamento físico e mental que se seguem.
Dar apoio moral é uma grande demonstração de amor, crucial para manter saudável a resposta ao estresse de quem o recebe.
Mas dar carinho a quem se ama é a mais inequívoca demonstração de amor, tão importante que conta com um sistema de nervos específico para detectá-la.
Por isso, não basta amar; é preciso fazer o outro se sentir amado.

SUZANA HERCULANO-HOUZEL, Neurocientista


Um feliz Ano Novo, repleto de abraços das pessoas que você ama!

sábado, dezembro 29, 2007

Aventura Sertaneja

Cheguei hoje cedo da minha aventura sertaneja.
Confesso que no primeiro momento arrependi-me de ter aceitado o convite de realizar este pequeno treinamento, mas... quem tá na chuva é pra se molhar... antes do dia 28 não pensava assim.
Bem, embarcamos no ônibus da Progresso, Eu e André, rumo à Serra Talhada, sertão de Pernambuco, terra do Xaxado e do Inocêncio Oliveira, hehhe.
A nossa viagem foi cansativa, visto que eu estava sem dormir por conta da farra no dia anterior no Quintal do Lima (show de Lula Côrtes) e por conta do André que, tenso com a viagem não conseguia dormir. Tive de fazer companhia a ele, afinal era a nossa primeira viagem juntos a trabalho.
Estávamos com dois notebooks nas malas e resolvemos, durante o sacolejo do ônibus, revisar o treinamento. Foram sete horas de longa estrada, subindo, subindo ...
A paisagem ía mudando de acordo com o avanço do ônibus sentido sertão. Não sabíamos, mas o ônibus era "pinga-pinga", paramos em todas as cidades, exceto Pesqueira.
É impressionante a geografia de nossa região. Passamos das chuvas, do mato verde e bonito, do frio cortante de belo Jardim e Arcoverde ao calor do sertão. Do mato verdinho ao chão seco e esturricado, bois e vacas mortos na beira da estrada? ixi ! vi uns cinco! urubus sobrevoando a carniça... tive pena da nossa terra seca.

"Segue o seco sem sacar que o caminho é
sacar que o espinho é
sacar que seco é o Ser
sacar que algum espinho seco
a água que sacar será um tiro seco
E secará o seu destino seca..."

Paramos num restaurante e lanchonete em Arcoverde para ir ao banheiro, jantar e esticar as pernas, pois o ônibus tinha o seu destino para São Luiz do Maranhão. Tava mais frio do lado de fora do que dentro do ônibus.
André desceu pra fumar um cigarro e eu pra comer comida do interior: cuzcuz com galinha guisada, delícia !!!! depois café com leite e "bip bip", o ônibus chama para voltarmos a estrada.
Continuamos nossa trajatória, eu caindo de sono e André agoniado.
Chegamos em Serra Talhada por volta de 9:30h da noite, depois de uma viagem de sete horas, visto que saímos às 14:30 do TIP.
Na Rodoviária estavam a nossa espera o casal de médicos, amigos da família do André que nos hospedou. Parentes do Inocêncio, nos hospedamos numa bela casa, confortabilíssima e assim que abri a porta do carro fui maravilhosamente recepcionada por "Giorgio Armani" o cocker spaniel da família. Me dei muito bem com ele, corremos, brincamos e ele é um cachorro safado que mal eu descia do meu quarto ele se deitava no chão todo estatalado esperando meus cafunés, um verdadeiro sem vergonha.
Fiquei muito bem instalada numa suíte na pequena mansão e passei melhor ainda no que se refere a alimentação: leite da fazenda, queijo da fazenda, sucos das fruteiras da própria casa... enfim... Na noite em que chegamos, depois do jantar, ficamos todos conversando à beira da piscina, pois o sertão é quente.
Vale salientar que no sertão só escurece depois das 18:30h, quase 19:00h horas.
Onze horas nos recolhemos, pois as seis estaríamos de pé para o treinamento.
06:30h da manhã, André me acorda: levanta que é hoje o dia !
Tomei um belo café da manhã e fomos trabalhar. Lá ministrei uma parte do treinamento aos professores do Projeto no qual estamos trabalhando e tudo correu muito bem. O almoço junto com eles foi excelente e terminamos nosso trabalho às cinco da tarde. Voltamos pra casa e lá, enquanto os anfitriões não chegavam dos seus consultórios (ela é Pediatra, ele é Toco-Ginecologista), eu fiquei comendo pitanga, siriguela e acerola do pé, as pinhas estavam verdosas e correndo no jardim com Armani.
Resolvemos retornar na sexta, pois coisa difícil é transporte para retornar ao Recife. André pegou um ônibus logo cedo e foi pra Alagoinha, onde vai se unir à família da noiva e eu fiquei mais um pouco em Serra pois o meu ônibus só partiria à meia-noite.
Dr. Antônio e Dra.Flora me levaram então para o Bar do Raimundo, pra comer um peixe seco.
Amigos, vocês não sabem o que é comer uma tilápia bem preparada no Bar do Raimundo: Dos Deuses !!!! ainda mais com as bohemias geladas que dividi com o Dr. Antônio. Conheci neste bar que é frequentado pela nata da política alguns dos personagens da política da região e escutei outras conversas sobre as próximas eleições... fingi que não ouvi nada.
Depois dessa farrinha, o casal me deixou na rodoviária e peguei meu destino de volta pra casa.
Tive mais sorte do que André neste aspecto. A certa hora da madrugada, ele me envia uma mensagem dizendo que estava no meio da estrada com o pneu do ônibus furado ! e eu num ônibus leito de dois andares, muito bem acomodada, hehehe.
A viagem de volta foi boa, deitada na minha poltrona individual, olhando passar na minha janela a madrugada do sertão com a lua minguando as estrelas brilhando. Dormi com essa imagem me ninando.
Todo esse romantismo sertanejo caiu por terra com o ronco do passageiro que dormia na poltrona à minha frente. Dei uns chutes, mas de nada adiantou. Me engurujei na minha poltrona e fui dormir com o balanço do ônibus no primeiro andar.
Cheguei ao Recife às 05:15h da manhã, com duas valises e um queijo da fazenda que ganhei de presente.
Não aguentei ser pirangueira e ao invés de pegar o metrô, peguei um táxi direto pra casa, estava exausta !
Minha gorda me esperava, cada vez mais grávida e minha caminha de solteiro, simplesinha me deu boas vindas !!!
Enfim, em casa !!!!!!!!
Me desfiz de tudo, me aninhei à minha Tucha e fui dormir com o sentimento da aventura e do dever cumpridos !

quarta-feira, dezembro 26, 2007


FELIZ ANO NOVO A TODOS !!!!
UM 2008 REPLETO DE ALEGRIAS, REALIZAÇÕES E MUITO AMOR, PAZ E SAÚDE !!!

terça-feira, dezembro 25, 2007

Natal Aragonês - Parte II - As Imagens

Os Irmãos Aragão...


"Evilásio" ao piano onde aprendeu a tocar ...












Família Aragão Ferreira ...

As Queridinhas... As Irmãs Aragão...

Natal Aragonês !

Cheguei em casa agora.
São cinco da manhã.
O Natal na casa de "Queridinha" é sempre uma animação só.
Muita comida, bebida, muita música e casa cheia.
A brincadeira da troca de presentes é a diversão da festa.
Esse ano contamos com a presença ilustre do "Mestre Kari Gandra", vulgo Tio Zé Maria, hehehe...
Já lá pelas altas da madrugada, "Evilásio", vulgo George, se fez presente ao piano, depois do primo Eduardo ter dado sua graça e de Gustavo também ter tocado um pouco. Por fim o pianista foi "O Kari".
Cantamos muito e acho engraçado que as "cantoras do rádio": Tia Berna, Carmem, Robertinha, Angela, Mamy e Mércia, ficam esperando que eu começe pra poder engatarem o tom. A única que sabe as letras inteiras das músicas sou eu, hehehe. George fica numa paciência que dá gosto, hahahah, é muito divertido. Tomei umas taças de vinho pra esquentar o "gogó" e fui-me embora cantar. Estou quase rouca, mas feliz.
Não vejo a hora de baixar as fotos.
Estou sem um pingo de sono, como sempre e vou ter que ir dormir. Vou ler pra o sono chegar. Amanhã tem mais na casa de Gugu.

segunda-feira, dezembro 24, 2007

Fim de ano ...

Puxa vida !
Não pensei que iria ficar tanto tempo sem escrever no meu diário virtual ...
Mas, ao contrário do que eu pensava, tive a grata surpresa de ter participado de muitas confraternizações e ao longo do ano, sem perceber, construí bos amizades.
Este ano foi repleto de coisas boas e não posso reclamar tantinho assim de nada.
É claro que a minha ambição e desejo de ter sempre mais e melhor não morreram, mas ...
Ainda tenho coisas a resolver, coisas a melhorar...
Ainda tenho de enfrentar medos e barreiras que eu mesma me impus...
Mas DEUS meu !!!!

MUITO OBRIGADA !!!!!!

Muito obrigada MEUS IRMÃOS INVISÍVEIS !!!!!!!!

Muito obrigada MEUS ANJOS DA GUARDA !!!!!!!!!!!!!

Muito obrigada MEUS AMIGOS DESTA TERRA !!!!!!!!!!!!

Muito obrigada MINHA FAMÍLIA !!!!!!!!!!!!!!

Muito obrigada MEU AMOR !!!!!!!!!!!!!!

Muito Obrigada MARIA TUCHA !!!!!!!!!!!!!!!

Nada melhor do que ter o sentimento de um ano que foi realmente vivido !!!!!

VIVA À VIDA !!!!!

quinta-feira, dezembro 20, 2007

Memória

Amar o perdido
deixa confundido
este coração.

Nada pode o olvido
contra o sem sentido
apelo do Não.

As coisas tangíveis
tornam-se insensíveis
à palma da mão.

Mas as coisas findas
muito mais que lindas,
essas ficarão.

Carlos Drummond de Andrade

quarta-feira, dezembro 19, 2007

Amor, paz e saúde para todos !

Os Degraus
(Mário Quintana)

Não desças os degraus dos sonhos
Para não despertar os monstros.
Não subas aos sótãos - onde
Os deuses, por trás de suas máscaras,
Ocultam o próprio enigma.
Não desças, não subas, fica.
O mistério está é na tua vida!
E é um sonho louco esse nosso mundo


Bar Central de todos nós ...

Me acham engraçada ...
Dizem que tenho a veia humorística ao contar minhas histórias ...
Vixe !
Me acho tão melodramática ... ou tragicômica ?
Ou será que sou uma poli-multi-pluri-pessoa ?
Bem, sendo ou não essa lula (animal, vale salientar, o molusco, ok ?) em forma de gente, gostei de ouvir isso.
Me alivia um pouco as neuras.
Também dizem que sou meio "carga pesada" quando falo as coisas para as pessoas que precisam ouvir.
Bem, alguém tem de fazer o serviço sujo não é mesmo ?
Quando era criança e fazia brigadeiros com a minha mãe, detestava a parte de fazer as bolinhas e por nas forminhas, pra ficar bonitinho e arrumadinho e inhos, inho, inho... urgh !!!
Queria logo era comer. Nada de "enrolação", literalmente !
Às vezes, eu escuto de uma amiga: "Putz ! Andréa, tu também não alivia né?"
Eu respondo: Alivio "mermo" nem!
Bateu na cachola e no coração; se doeu, lascou !!! Eu grito.
Agora, tenho um paliativo que posso substituir na boa, mas acho que é pesado no mesmo tanto: Ignorar. Pronto. Bateu em mim ? finjo que a criatura não existe. Economizo na saliva, afinal, ninguém é obrigado a ouvir minha voz de aeroporto, é ?
Certa vez, há muito tempo atrás, tinha um namorado que se mostrava muito apaixonado pela minha humilde pessoa. Saímos e como sou perna de pau, cabo de vassoura, seja lá o que for, não sei dançar abraçadinho, eu "emprestava" ele à minha irmã que gostava de dançar. Assim, agradava a todos.
Mas, ele não se conformava em não poder tirar as lasquinhas dele nas danças comigo e certa vez deu bola pra uma amiga minha, hosters do bar. O bar era o Som das Águas. Ê tempo bom danado...
Pra quê o coitadinho foi fazer isso ? O bichinho ...
Ignorei ele o resto da noite e o outro dia. Ele disse que eu tenho ciúmes com classe, ahahaha, não faço barraco e nem brigo no meio da rua. Hoje me divirto com essas lembranças.
Inho, espero que não se importe de contar aqui nossas, "intimidades", elas já são passado não é mesmo ?

Aprendi que "barraco" é coisa de mulherzinha. Apesar d'Eu só ter metro e meio de tamanho, sou uma mulherzona ou seria mulherona ? pera, vamos conversar com Aurélio...
Mulherão, fica melhor.
Brigado Aurélio, valeu !
Minha mãe é assim também, ela dá um gelo na criatura que chega a graus negativos. Geladaaaaa!!!!!
Valeu mãe !!!!
Pois é ... entrou por uma perna de pinto, saiu por uma perna de pato ...
Conversinhas roladas no Bar Central ... êta lugarzinho que eu gosto !

terça-feira, dezembro 18, 2007

Barato que sai caro !










Há gosto pra tudo.
O negócio é aguentar as consequências.

Não suportei na Faculdade estudar em Psiquiatria os distúrbios alucinógenos que as drogas em geral provocam no indivíduo.
Tive a oportunidade de conviver muito de perto com drogaditos e o que a gente lê nos livros científicos não é mera ilustração. É a pura verdade.
Ainda busco entender qual a necessidade do consumo de alucinógenos para dar o "barato" para curtir, criar ou viver qualquer que seja o momento.
Sei racionalmente que a química das drogas é poderosa e revoluciona as sinapses em quase todas as áreas do cérebro, principalmente as emoções. Na minha opinião, é uma lástima !
Da mesma maneira que tudo fica "massa", depois a "massa cinzenta" fica inútil, petrificada.
Uns morrem com coágulos no cérebro, os aneurismas, outros com outra sorte de doenças.
Mas, o ser humano tem o livre arbítrio para cuidar ou detonar sua vida e o seu corpo. Como queiram.

domingo, dezembro 16, 2007

Agnus Dei


Domingo ...
Em casa...
Escutando Jethro Tull...
Passei o fim de semana, desde a sexta-feira muito malzinha com uma "faringite"? não sei ao certo, mas minhas glândulas da garganta, não sei o nome delas, resolveram se revoltar contra mim e incharam de tal maneira da sexta para o sábado que acordei asfixiada e sem falar nem "ai que dor".
Somatização do que eu gostaria de ter falado durante a semana ?
Não.
Menos Andréa.
Apenas o resultado de uma noite de três doses de White Horse geladíssimas e muita cantoria no Tacos na quinta-feira. Tiete que se preze sabe de cor todas as músicas.
Eu sou tiete de verdade.
Fiquei de molho como toda pessoa inteligente e consciente de que quando o corpo fala é preciso ouví-lo e de preferência obedecê-lo.
Foi o que fiz.
Passei a sexta-feira calada, sem dar um "piu". Falei apenas virtualmente.
No sábado de manhã, não aguentando tanta dor, resolvi encarar minhas glândulas inchadas e drogá-las com o melhor dos antibióticos: cefalexina.
Outro dia mudinha...
É um verdadeiro sacrifício para uma logorreica como Eu.
Sabadão de dia em casa, num verdadeiro love store com Morpheu: Acorda/dorme, acorda/dorme. Desse amor tórrido com esse Deus do sono, nasceu a Insônia ! putz !!!!!
Passei a noite em claro.
Fui reduzida a TV. Canal aberto ainda mais.
Não suportei tamanho sofrimento e chamei The Beatles para me fazerem companhia.
"Help" me embalou até as duas da manhã, quando Morpheu quis saber de mim de novo.
Fiz um agradinho a um Deus que tanto me quis neste fim de semana, sem que preciso fosse tomar Rivotril e troquei os lençois da cama, bem como pus uma camisolinha cheirosa. Tinha que retribuir tanto interesse por mim num único fim de semana. Mandei a insônia passear um pouquinho.
Minha noite de amor com Morpheu não durou muito, mas foi por uma justa causa. Assim espero.
Acordei no domingo com o telefonema da minha adorada mãe me chamando para um cafezinho básico antes do almoço. Não resisti a Morpheu, tão atraente... Traí minha mãe e cai nos braços dele de novo. Eram pelas 10:00h da manhã.
Ao Meio dia, minha paciente mãezinha me liga de novo: "Menina !! vem comer alguma coisa pra não passar mal na rua !"
Lá vou Eu tomar um banho para acordar e comer um mamãozinho no desjejum e só !
Lí o jornal para ser uma mocinha informada dos acontecimentos de toda sorte e liguei para um amigo marcando café no Paço Alfândega, após o almoço.
Aí começa meu "Cordeiro de Deus".
Após o almoço de sempre com minha família, encontrei-me com meu amigo e iniciamos longa conversa existencial...
A vida, o universo, as energias conspiram.
Há tempos que se ensaiava esse encontro e ele nunca acontecia. Não me sentia pronta.
Hoje, Eu tomei a iniciativa, coisa que era feita sempre por ele.
E a nossa conversa, ao longo dela, foi sobre exatamente isso: Decisão, Escolha, Iniciativa, Tomada de decisão sozinho, os sofrimentos e frustações dessas ações, as energias que circulam nosso ser.
Nos tocamos as mãos e essa troca me fez bem, mas o fez mal. Infelizmente. Mas, amigo é pra isso né ? pra bom e pra ruim.
Passei a ele minhas angústias, ele me falou das dele. Assuntos que já conhecemos um do outro desde a época em que eu morava em São Luiz do Maranhão e ele em Belo Horizonte e nem nos conhecíamos pessoalmente. A contigência de virmos para o Recife no mesmo período foi bastante curioso. Hoje, realmente, acredito que existem pessoas que tem de passar em nossas vidas. Ele é uma delas na minha.
Após os expressos e a conversa, fui até a minha segunda "casa": livraria Cultura. Li diversas orelhas de livros, desde análises literárias, mitologia, psicologia, humor, filosofia... aí cansei e fui ouvir música. Os Besouros de Liverpool, Dylan, Garbane, Led Zepelin, até comprar um acústico do Jethro Tull, que estou ouvindo agora enquanto escrevo.
Quando cheguei no meu modesto cafofinho, fui comer a comidinha da vizinha: minha mãe. Depois voltei ao cafofinho e fui assistir ao meu programa preferido na TV aberta: Café Filosófico.
Putz !!!
Lá vem, novamente, a conspiração universal.
Uma análise junguiana sobre o mito de Narciso e Eco.
Caraca !
Frustrações, amores impossíveis, egoísmos, comunicação mal elaborada, repetições na vida...
Ou seja, o universo chegou pra mim e disse: Se liga minha irmã !
Agnus Dei !

sexta-feira, dezembro 14, 2007

O Bom da Música






Música boa !!!

Estou embriagada.
Com apenas três doses de White horse, fiquei alegrinha, alegrinha.
Mas, tenho bons motivos.
Escutei a música dos deuses.
Música popular brasileira é tudo de maior na cultura.
E quando é tocada de verdade... sai de baixo.
Escutei Agnus sei !!! vc's sabem o que é isso ?
Escutei Noel Rosa
Noite memorável, irmão memorável ao piano e tudo memorável.
Músicas que me fazem chorar, que me fazem cair na realidade !!!
Abraço de irmão é muito bom !!!!!
Obrigada ao Deus lá de cima por me dar isso tudo !!!
As lágrimas que correm agora, nesse exato momento, não são de tristeza e sim de regozijo !!!
Salve ! salve ! a família Aragão Ferreira !!!!!!!
Paulinho você estava lá. Eu sei que estava !!!
Choro agora como um bezerro desmamado, por todas as coisas:
pelo amor decepcionado, pela falta do irmão e pela alegria da família unida !
Obrigado Deus por tudo o que sou e por tudo o que tenho. Pelas pessoas afins aonde tu me puseste.
Aprendo e acho que ensino.

quarta-feira, dezembro 12, 2007

Pássaro

Aquilo que ontem cantava
já não canta.
Morreu de uma flor na boca:
não do espinho na garganta.

Ele amava a água sem sede,
e, em verdade,
tendo asas, fitava o tempo,
livre de necessidade.

Não foi desejo ou imprudência:
não foi nada.
E o dia toca em silêncio
a desventura causada.

Se acaso isso é desventura:
ir-se a vida
sobre uma rosa tão bela,
por uma tênue ferida.

Cecília Meireles
"Maria pé no mato é hora, Maria pé no mato é hora...
Arriba a saia e vamo-nos embora..."

Mother nature's son

De manhã...
Estou no trabalho com um mal estar que não passa.

Escutando The Beatles no headset e como O Pensador de Rodin, pensando na minha existência.
Estou no inferno astral dos que fazem aniversário. Daqui a quase um mês estarei mais Balzac ...
Queria a homeostase ...

Mentiras cantadas

Wild Horses

Childhood living is easy to do.
The things you wanted,
I bought them for you.
Graceless lady,
you know who I am,
you know I can't let you

slide through my hands.
Wild horses
couldn't drag me away.
Wild, wild horses
couldn't drag me away.

I watched you suffer
a dull aching pain.
Now you decided to
show me the same.
No sweeping exits or offstage lines,
can make me feel bitter or treat you unkind.

Wild Horses,
couldn't drag me away.
Wild, wild horses,
couldn't drag me away.

I know I dreamed you
a sin and a lie,
I have my freedom
but I don't have much time.
Faith has been broken
tears must be cried,
let's do some living
after we die.

Wild Horses,
couldn't drag me away.
Wild, wild horses,
we'll ride them someday
Wild Horses,
couldn't drag me away.
Wild, wild horses,
we'll ride them someday.


Rolling Stones
Estou enjoada.
Meu estômago está embrulhado.
O que é a psicossomatização não é mesmo ?
A Original do Central não desceu legal e nem a Weiss da Bohemia.
Fiquei zonza na segunda rodada e tive que ir pra Coca Cola e pro Café Expresso.
Resultado: estou aqui que nem uma coruja.
Penso na vida e no desejo de um 2008 bom.
No trabalho, nos amigos, na família, num novo amor, na saúde e na paz.

terça-feira, dezembro 11, 2007

Desencanto

Mágoa sf. 1. Desgosto, amargura, paixão. 2. Descontentamento, desagrado. 3. Dó, pena.

Fico pensando em qual a necessidade das pessoas magoarem as outras ...
Enganarem e serem egoístas ao extremo ponto de mentirem.
Mas, como falei num dos meus últimos post's quem sou eu pra esperar o quê das pessoas não é mesmo?
Só convivendo e conhecendo pra saber.
Por mais que a gente se mostre sincera, verdadeira, honesta. Por mais que a gente peça a reciprocidade na sinceridade, na verdade... mas ...
Tem gente incapaz disso.
Estou com o gosto amargo da tristeza hoje. Decepção muito grande. Mágoa muito grande.
É muito ruim quando a gente acredita nas pessoas e depois vê o quanto foi ingênuo. Sensação de que passou todo o tempo sendo uma idiota.
Fui falar que meu fim de ano estava bom ... pra quê... veio alguém e estragou tudo !

segunda-feira, dezembro 10, 2007

Traição x Fidelidade

Segundo o Aurélio Buarque de Holanda e também segundo EU:

Fiel adj. 1. Digno de fé; leal, honrado. 2. Que não falha; seguro 3. Que professa uma religião. 4. Pontual, exato. 5. Verídico.
Leal adj. 1. Sincero, franco e honesto. 2. Fiel aos seus compromissos;
Trair v. t. 1. Enganar por traição; atraiçoar. 2. Delatar. 3. Ser infiel a. 4. Não cumprir.
Cafajeste sm. Bras. Sujeito desclassificado.
Canalha sf. 1. Gente reles; ralé. 2. Pessoa infame, vil.
Mentira sf. 1. Impostura, fraude. 2. Engano dos sentidos ou do espírito; erro, ilusão.
Mentiroso adj. 1. Falso.
Engano sm. 1. Falta de verdade no que se diz, faz, crê ou pensa; ilusão, erro.

Decepções...
Continuo tendo-as.
A dor maior é ver o cinismo na cara da pessoa. Digno do melhor dos cafajestes. Mas, como toda canalhisse, dura pouco. Os canalhas e cafajestes de uma maneira geral são burros.
As pessoas que se deixam enganar por tipos dessa qualidade também são burras, pois temporariamente caem nos engodos, mas pelo menos a burrice delas dura pouco até o momento da descoberta. Já os canalhas e cafajestes de toda qualidade serão burros ad eternum, pois sempre serão a corja de cafajestes e canalhas de toda qualidade.
Agora é hora de ser inteligente e sair da lama pro lugar onde realmente é o meu lugar.

sexta-feira, dezembro 07, 2007



“Uma vez eu irei.
Uma vez irei sozinha, sem minha alma dessa vez.
O espírito, eu o terei entregue à família e aos amigos com recomendações.
Não será difícil cuidar dele, exige pouco, às vezes se alimenta com jornais mesmo.
Não será difícil levá-lo ao cinema, quando se vai.
Minha alma eu a deixarei, qualquer animal a abrigará: serão férias em outra paisagem, olhando através de qualquer janela dita da alma, qualquer janela de olhos de gato ou de cão.
De tigre, eu preferiria. Meu corpo, esse serei obrigada a levar.
Mas dir-lhe-ei antes: vem comigo, como única valise, segue-me como um cão.
E irei à frente, sozinha, finalmente cega para os erros do mundo, até que talvez encontre no ar algum bólide que me rebente.
Não é a violência que eu procuro, mas uma força ainda não classificada mas que nem por isso deixará de existir no mínimo silêncio que se locomove.
Nesse instante há muito que o sangue já terá desaparecido.
Não sei como explicar que, sem alma, sem espírito, e um corpo morto — serei ainda eu, horrivelmente esperta.”

Clarice Lispector

quinta-feira, dezembro 06, 2007

Fim de Ano ...



Estou me gostando mais.
Acredito que sou uma mulher madura, inteligente, muito bonita.
Tenho um conhecimento invejável e ainda bem, gosto de estudar.
Algumas pessoas devem me achar uma chata ou uma bobona, para não dizer um termo chulo, mas, não ligo. Também acho um monte de coisas sobre um monte de gente.
Não gosto quando as pessoas põem a Andréa Psicóloga à frente da Andréa Pessoa. Afinal, somos a mesma, mas o medo da Psicóloga interfere na relação com a Pessoa e muita gente acha que estou analisando ou descobrindo todos os segredos quando estou olhando, conversando ou apenas rindo.
Não tenham medo de si mesmos, é a minha resposta para esses temerosos.
Estou aprendendo a não criar expectativas sobre nada nem ninguém, afinal, foram muitas as decepções ao longo dos anos e ví que o erro é meu em acreditar demais e em achar que as pessoas são como Eu. Nunca serão.
A tal das diferenças é um coisa impressionante, porém a gente só aprende a lidar com elas vivendo e confesso que comecei a viver uma vida mais minha há pouco tempo.
Os amores, tive alguns. Aprendi um bocadinho com eles também. Aprendi que se deve dar "descontos" nas palavras, pois elas nem sempre expressam o que o verdadeiro sentimento quer dizer. Às vezes me surpreendi pra bom, às vezes pra ruim. Amar é coisa muito boa e Eu dou uma importância muito grande ao amor, mesmo que nos dias de hoje esse sentimento esteja tão banalizado e reduzido ao sexo. Eu quero muito mais de um amor do que umas horinhas "brincando de médico". Quero sentimento, lealdade, companheirismo, confiança, verdade, romantismo, interesse ... iiiiiii aí vai uma lista enorme ! Os que lêem isso podem pensar: "Essa aí vai ficar pra Titia". Eu digo: Fico não.
Antes até achava isso, mas hoje sei que não. Tenho certeza de que vou chegar em quem está à minha espera, assim do jeitinho que eu sou.
Trabalho ? Esse me dá um pouco de dor de cabeça. Mas, a vida não é só de glórias, oras. Quem sabe eu não vou morar na Itália ? mandei minhas credenciais pra lá e iria sem piscar. Enquanto nada de mais interessante acontece, vou dando rumo aos humanos que me procuram cheios de dúvidas nas suas carreiras profissionais e ajudando outros em suas vidas existenciais.
Afinal, esse é o meu adorável ofício e acho que sou boa nele.

É isso. Acordei inspirada hoje.

terça-feira, dezembro 04, 2007

Arrumadinho de Xarque

O fim de ano tem sido leve pra mim, pelo menos até agora.
Obrigada, gracias.
Hoje, depois de 10 dias sem computador no trabalho, recebí minha máquina de volta.
É lógico que o HD foi corrompido e perdi tudo.
Mas, a vida é assim, perdas e ganhos.
Terminado o expediente, lá por volta das oito, fui tomar chocolate com Nilu e Sarah, nossa nova Estagiária.
Depois do choco, fui encontrar-me com Maricota no Burb's e antes acabei batendo um bom papo com o pessoal da Cooperativa do Blues: Henrique e Renato.
Com Maricota as conversas foram mais existenciais e, depois, veio se juntar à nós Morcegão.
Andamos pelas pontes do Recife à noite: 10:00h e apesar do medo, foi bem legal.
Paramos no Empório e continuamos rindo e conversando com os caldinhos de feijão e arrumadinho de xarque.
"Assim como são as coisas são as pessoas", ; - )
Foi um finzinho de terça muito legal.
Amanhã é dia de concentração total: Cv's, Cv's, Cv's...
Noitinha boa pra todos!

GRACIAS !!!

Gracias a la vida que me ha dado tanto
me dio dos luceros que cuando los abro
perfecto distingo lo negro del blanco
y en el alto cielo su fondo estrellado
y en las multitudes el hombre que yo amo

Gracias a la vida que me ha dado tanto
me ha dado el sonido y el abecedario
con él, las palabras que pienso y declaro
madre, amigo, hermano
y luz alumbrando la ruta del alma del que estoy
amando

Gracias a la vida que me ha dado tanto
me ha dado la marcha de mis pies cansados
con ellos anduve ciudades y charcos
playas y desiertos, montañas y llanos
y la casa tuya, tu calle y tu patio

Gracias a la vida que me ha dado tanto
me dio el corazón que agita su marco
cuando miro el fruto del cerebro humano
cuando miro el bueno tan lejos del malo
cuando miro el fondo de tus ojos claros

Gracias a la vida que me ha dado tanto
me ha dado la risa y me ha dado el llanto
así yo distingo dicha de quebranto
los dos materiales que forman mi canto
y el canto de ustedes que es el mismo canto
y el canto de todos que es mi propio canto

Gracias a la vida, gracias a la vida !!!!

Mercedes Sosa

segunda-feira, dezembro 03, 2007

Trampo

Hoje a "transmissão" do post vem diretamente da casa da moeda.
Estou aqui, de pança cheia, depois de jantar um lombo paulista, escutando um blues tradicional, enquanto faço hora e descanso um pouco do trampo de 6 às 9 com um cliente.
Como desde a semana passada eu sou uma sem PC, saí do Paço Alfândega e vim aqui ver meus e-mail´s, comer e dar uma passada no Burb´s de sempre.
Continuo a mulher cheia de conflitos, preocupada e querendo tudo ao mesmo tempo.
O meu fim de semana foi muito legal, levando em consideração que escutei a melhor música do mundo com os melhores músicos.
Tive algumas certezas e outras dúvidas.
Acordei bem apesar de tudo.
Amanhã é outro dia. Estou torta de dor de cabeça, mas é assim mesmo.
O cheiro de cigarro tá forte.
Eu preciso dar uma guinada na minha vida e espero que 2008 seja bem melhor do que este ano que já foi muito bom.
Só tenho a agradecer: ganhei amigos e perdi amigos, arrumei emprego e perdi emprego, voltei a uma parceria antiga e espero dela não sair e dela tirar meu sustento.
Adoro a Ilha de Santo Antônio e dela não queria sair.
Quero meu consultório clínico e muitos clientes pra trabalhar.
Graças a la vida !!!!!!

domingo, dezembro 02, 2007

Torta Alemã


"Me sinto espalhada feito manteiga num pedaço de pão."
Bilbo, Senhor dos Anéis.


Estou em casa.
Minha casa está sujinha, mas eu tô tão bem ...
Sexta-feira foi um dia muito bom.
Ouvi o melhor da música com o meu irmão George, interpretando Noel Rosa e depois, no Cortiço, ouvi Xandinho com o bom do rock and roll.
Cheguei em casa de manhã.
Cheguei bem.
Só ouvi coisa boa nos ouvidos.


"Só nos cabe decidir o que fazer com o tempo que nos é dado."
Gandalf, Senhor dos Anéis

Como uma oração, agora eu peço a sabedoria para discernir o que chega aos meus ouvidos;

Coragem para enfrentar os desafios;
Sensibilidade para ser recíproca;
Reciprocidade.
Peço saber utilizar as palavras com maestria;
Dedicar o meu amor a quem de direito;
Ser justa sempre;
Honesta sempre;
Sincera sempre.
Em contrapartida quero que a mim dediquem as mesmas virtudes.

Hoje, agora, neste exato momento estou feliz.

sexta-feira, novembro 30, 2007

Andando de Ônibus

Hoje, fui ao trabalho de ônibus.
O dia está vibrante, com o sol reluzindo a prata dos rios
enaltecendo as cores do dia...
Caminhei tranquilamente pelas ruas do meu bairro
e tive sorte de encontrar o "buzão" me esperando na parada.
Cinco minutos, não mais e desci na Marquês do Recife.
Vento forte, gente na rua ...

Bom demais !
Tenho que perder o medo de aproveitar o meu bairro.
Tem tanta coisa bonita de se ver ...
Hora do almoço,
Paço Alfândega.
Encontro com uns e outros e um bom camarão no prato.
Estou farta de comida !
Volto caminhando, quase desfilando, aproveitando o sol da tarde e fazendo a digesta.
Agora só falta o cafezinho.
Mais tarde, ouvir a boa música no Conservatório...
E depois ... depois é depois.

quinta-feira, novembro 29, 2007

Bar Central.
Tem dias que os anjos mandam uns amigos pra nos ajudar.
Hoje foi um destes dias.
O dia tava meio amarrado, computador quebrado... dificuldade de trabalhar, enfim.
Quando saímos do trabalho: engarrafamento !
Putz!!!
A Assembléia Legislativa de Pernambuco torrou nosso dinheiro no coquetel de inauguração da iluminação de natal do casarão!
Grandes coisas!
Resultado: trânsito !
Por volta das 8:30h, baixei no Bar Central com Marcita e começamos a tomar umas bohemias.
Encontramos uns amigos que sentaram à nossa mesa e rimos um pouco.
Depois, conversa séria.
Foi muito legal.
Um baldinho de bohemias e já deu pra estar zonza...
Hoje foi o dia das conversas...
Hora do almoço com o papinho na praça do arsenal pra descansar
Depois no trampo
Depois Central
E agora estou aqui.
Queria ter escrito coisas mais legais, mas as coisas legais estão no pensamento.
Estou Eu, Tucha e a minha mais nova mascote: Florinda, a tartaruga marron da praia.
heheheheh
Ai gente ! como a gente complica a vida. Tudo podia ser tão mais fácil...
Gostar só de que pode ser gostável, amar só que está disponível pra ser amável...
Dividir com quem possamos dividir e não atrapalhar o que já é constituído...
mea culpa...

segunda-feira, novembro 26, 2007

Não Sei Quantas Almas Tenho

Não sei quantas almas tenho.
Cada momento mudei.
Continuamente me estranho.
Nunca me vi nem acabei.
De tanto ser, só tenho alma.
Quem tem alma não atem calma.
Quem vê é só o que vê,
Quem sente não é quem é,
Atento ao que sou e vejo,
Torno-me eles e não eu.
Cada meu sonho ou desejo
É do que nasce e não meu.
Sou minha própria paisagem;
Assisto à minha passagem,
Diverso, móbil e só,
Não sei sentir-me onde estou.
Por isso, alheio, vou lendo
Como páginas, meu ser.
O que sogue não prevendo,
O que passou a esquecer.
Noto à margem do que li
O que julguei que senti.
Releio e digo: “Fui eu?”
Deus sabe, porque o escreveu.

Fernando Pessoa

domingo, novembro 25, 2007

Das coisas que Eu amo visceralmente ...









"Amo-te quanto em largo, alto e profundo
Minh’alma alcança quando, transportada,
Sente, alongando os olhos deste mundo,
Os fins do Ser, a Graça entressonhada.
Amo-te em cada dia, hora e segundo:
À luz do sol, na noite sossegada.
E é tão pura a paixão de que me inundo
Quanto o pudor dos que não pedem nada.
Amo-te com o doer da velhas penas;
Com sorrisos, com lágrimas de prece,
E a fé da minha infância, ingénua e forte.
Amo-te até nas coisas mais pequenas.
Por toda a vida. E, assim Deus o quisesse,
Ainda mais te amarei depois da morte.
Das coisas que eu amo visceralmente."

Elizabeth Barrett Browning
(poeta inglesa, 1806-1861)
Estava assistindo a um DVD do Eric Clapton, cantando músicas do negro bluseiro Robert Johnson, que morreu com apenas 27 anos e segundo a lenda tinha um pacto com o diabo que afinava seus violões.
Década de 20 a 40.
Muito bom o DVD !
Devo essa a Plínio Floid que me apresentou o material.
Os dias em que as noites tem lua nova, crescente e cheia ficam frios no entardecer...
Tenho meu corpo frio apesar do dia lindo de sol que se apresentou hoje.
A natureza é inteligente.
Fim de semana tranquilo, meio de preguiça... vontade de balanço de rede...
de mordomia ... de ócio...
Trouxe trabalho pra casa e nem trabalhei.
Quem sabe mais tarde...
Ainda tem Café Filosófico para assistir e Recorte Cultural...
Ultimamente tenho tido preguiça de ler.
Tenho tido preguiça ultimamente...
Preguiça de tudo.
Ainda ando encucada com o que me ocorreu dias atrás.
Não quero me trair ...
Sinto saudades ...
Tem um sentimento muito grande dentro de mim que é de outro.
Às vezes ele pulsa tão forte que não sei se cabe em mim tanto dele.
Com certeza é bem maior do que eu mesma possa saber.
Loucura ou não, eu sinto e o dono sabe.
Estou invadida, tomada, raptada, capturada.
E agora?
Agora...
É sentir.

sexta-feira, novembro 23, 2007


"Mente quem diz que a lua é velha ..."
Acabei de salvar um pombo.
Detesto violência com animais.
O pobre animal tinha suas patinhas deformadas e não conseguia andar.
Estava assustado, acuado com o servente tangendo-o.
Peguei ele e com todo carinho acalmei tanta tremedeira.
Coloquei num galho de árvore para se proteger dos gatos e cães da rua.
Espero que consiga sobreviver e ache um meio de vida com a sua deformidade.
Um cinza multicor belíssimo do escuro para o claro e olhos castanhos que à noite viram faróis.
Não viremos, nós seres humanos racionais, bestas ignorantes !

quinta-feira, novembro 22, 2007

Linha de Pensamento

maconha
cigarro
H...
casamento
X...
M...
lar
casa
destruição
ama...
cas...
futuro
antigo
tristeza
perdição
desespero
sofrimento
pessoas
bar
gastar
bebida
porre
perdição
vômito
trabalho
pessoas
banco
café
Paço
dinheiro
sanguessuga
Op...
transa
le...
rua
amor
sexo
homens
gays
compromisso
concurso
dinheiro
estabilidade
namoro
casal
no meio

inveja
chocolate
outros
assalto
música
despeito
mulher
aliança
cama
gato
cachorro
João Pessoa
Muriçoca
amigos
esmola
escrever
blog
depressão
florais
ciúmes
fofoca
dívida
viagem
expectativa
Itália
fim!

Narciso no País das Maravilhas


... Na laboriosa tentativa de encontrar um lugar no mundo, cada um de nós se alimenta de duas fontes:
1) as aspirações, as normas e os brasões transmitidos por nossos ascendentes, coisas que podem nos dar a sensação de que temos uma missão na vida;
2) o amor, mais ou menos incondicional, que nos acolhe e agasalha nos primórdios de nossa existência permitindo, aliás, que ela vingue.
Em suma: legados paternos e cuidados maternos (é óbvio que qualquer um pode fazer função de pai ou de mãe).
Ora, na modernidade, bebemos sobretudo na segunda fonte.
Por isso, somos todos narcisos, ou seja, mais preocupados em sermos gostados, amados e admirados pelos outros do que com deveres e princípios.
Problema: em geral, o modelo do amor graças ao qual seríamos "alguém" (que sempre significa "alguém muito especial") é o momento em que, pendurados ao peito materno, ou melhor, com a mãe pendurada aos nossos lábios, estaríamos ao centro de um mundo controlado por nós: basta chamar, chorar etc. para que ela apareça e nos faça felizes.
Logicamente, com esse sonho narcisista encravado no nosso âmago, torna-se difícil lidar com separações, frustrações etc.
E, infelizmente, o mundo é um pouco mais cruel do que a mãe-padrão e sempre muito mais cruel do que a mãe mítica e escrava que gostaríamos de ter tido.
Como aprendemos a encarar perdas, danos e fracassos?
Narciso vive no país das maravilhas, diante de uma imensa vitrina de objetos que nos prometem o seguinte: ao alcançá-los, ganharemos o amor, a admiração e (por que não) a inveja de todos.
E alcançá-los é fácil -basta comprar: chocolate, relógios, charutos ou pacotes de férias.
Quem precisa de amores incertos com pessoas de verdade ou de objetos "transicionais" que as representem?
Os objetos do consumo são a melhor escolha; sobre eles temos um controle absoluto.
As drogas propriamente ditas oferecem algumas vantagens marginais: são baratas e, graças à crise de abstinência, garantem a ilusão de dominar perfeitamente a alternância de insatisfação e contentamento.
Mas, na verdade, para Narciso no país das maravilhas, qualquer objeto de consumo serve. Poderia ser o melhor dos mundos, se não fosse por dois detalhes.

1) Se hesito entre um carro e uma amizade ou um amor, é bem provável que minha experiência afetiva seja miserável;

2) se espero a felicidade dos objetos, desaprendo a agir e a desejar.

Contardo Calligaris, Folha de São Paulo - 22/11/2007

quarta-feira, novembro 21, 2007

"Cada pessoa que passa em nossa vida, passa sozinha
é porque cada pessoa é única e nenhuma substitui a outra.
Cada pessoa que passa em nossa vida passa sozinha
e não nos deixa só
porque deixa um pouco de si e leva um pouquinho de nós.
Essa é a mais bela responsabilidade da vida e a prova
de que as pessoas não se encontram por acaso."

Charlie Chaplin

terça-feira, novembro 20, 2007

Estou no trabalho.
Botei todos os meus bofes pra fora quando cheguei em casa.
Odeio vomitar.
Existem certo orifícios no corpo humano que tem MÃO ÚNICA !
A minha garganta é uma delas.
A noite foi muito agradável.
Saída com as amigas até o Tepan, num breve happy hour.
Minha casinha.
E uma volta no Burburinho.
Essa semana bati o recorde de frequência burb´s.
Pouca gente, sentei-me à mesa com Dênis.
Conversamos um pouco, abobrinhas legais de se conversar.
Esta noite ele foi um companheiro legal, roubou até a taça de licor pra mim, hehehe
Mas, na noite o que me encantou foi o casal da mesa da frente.
Ambos com mais de 40, sentados um ao lado do outro em silêncio, apenas curtindo o som.
Ele de aparência ex-hippie não totalmente domesticado pela nova sociedade capitalista.
Ela de cabelos grisalhos, pouco vaidosa e também, provavelmente, ex-hippie.
Cervejas, cigarros e uma ou outra troca de diálogo.
Fiquei imaginando... são tão parecidos em seus esteriótipos... devem estar juntos há muito tempo.
E a partir do contexto que criei deste casal, me vi no meio de outro.
Eu estou no meio, entre, no intervalo, no espaço que passou a existir entre eles.
E eles também são assim, que nem esse casal que descrevi acima.
Que direito tenho de invadir um espaço que é só de dois?
Acordei péssima, mas, péssima não pela noite e suas magias, mas pelo embrulho no meu pobre fígado bombardeado pelo que não presta.
Hoje vou na sopinha, torradas e chá de ervas.
E vou tentar esquecer um pouco a minha existência e as m... que ela faz na vida.

domingo, novembro 18, 2007

..."A felicidade aparece para aqueles que choram
Para aqueles que se machucam
Para aqueles que buscam e tentam sempre.
E para aqueles que reconhecem a importância
das pessoas que passam por suas vidas."
Clarice Lispector

Eu espero muito viver a plenitude do amor.
Espero a felicidade da parceria, do companheirismo
Espero, mesmo que de certa forma utópico, a sinceridade, a lealdade
Odeio jogos.
Não gosto da hipocrisia.
Opinões e posturas opostas para com a mesma pessoa. Isso é muito feio.
Andréa

sábado, novembro 17, 2007

04:33h - AM
Saí do chuveiro.
Fedia a cigarro.
Ouvidos mocos.
Guitas altas.
Voz desafinada na caixa de som.
Suportável.
Burburinho.
Antes, a calmaria de Pierre Vergé, o chorinho da moeda, o china do Mao Tai.
Rockblues.
Não bebi.
Hoje quis ficar sóbria.
Sóbria = observação.
Mulheres bonitas sentaram à minha mesa junto com o meu amigo de bar.
Muita cerveja, dança, sorrisos da fantasia da noite...
E eu sentada, sorrindo... observando.
Muito mais curtindo a música, sacando os instrumentos.
Hoje a Gibson de Morcego tava desafinada, ele até que tentou dar um jeito, mas ...
Pra quem queria apenas barulho, deu pra levar.
Pra queria música, doeu um pouquinho.
E fiquei alí, na primeira mesa do bar, de cara com os meninos mocambos,
Sentada, enquanto, todos em pé, dançavam e também curtiam.
As mulheres, no perigo do mundo cada vez mais sem homens, se mostravam com seus short's, seus copos de bebida, seus cigarros e seus perfumes doces, dançando sinuosamente.
Alguns homens olhavam. Algumas mulheres devem ter se dado bem.
Mas, acho engraçado. Tem gosto pra tudo.
Por "parível que encreça", como diz a Frenética astróloga, também chamei a atenção.
Sentadinha ali, escondida por todos que na minha mesa estavam em pé dançando divertidamente, percebí uma pessoa me olhando.
Era o baixista do interior.
Também me olhavam os mocambos.
Não devem estar muito acostumados com uma mulher, de óculos, com cara de velha chata e intelectual crítica, sentada olhando os dedilhados da guita, utilização de pedais, do contrabaixo e os movimentos sincronizados da bateria, hehehehe.
É bom ser diferente...

Hipocrisia, Hipócrita

sf. 1. Afetação de virtude ou sentimento que não se tem.
2. Fingimento, falsidade.
adj. 1. Que tem, ou em quem há hipocrisia.
Para os poucos que não sabem usar o dicionário, espero sinceramente que sejam realmente poucos, as siglas que iniciam a definição das palavras do meu título querem dizer, respectivamente: substantivo feminino e adjetivo.

Pois é.
Este substantivo feminino tem tornado-se adjetivo com uma frequência absurda nos últimos tempos.
Das duas, uma:
Ou
Eu tenho "andado meio desligada"
Ou
Tenho frequentado guetos hipócritas
Ou
Sou uma idiota, ex- terrestre (do sentido de não mais fazer parte deste planeta atual e sim do anterior a ele).

É impressionante como as pessoas hoje perderam o sentido do que é sinceridade, verdade, respeito, caráter, acima de tudo, CARATER !
PERSONALIDADE !

Os seres, hoje, desapropriam-se de suas personalidades com uma facilidade abismal. Não conseguem mais ter uma opinião própria e única sobre tudo e qualquer coisa e se vão pela torrente dos outros.
CARACA !!!!
Acho que vou morrer só, de tão chata que me tornarei aos olhos da multidão de hipócritas em que está se transformando a existência.
Mas, prefiro morrer só do que ser HIPÓCRITA !!!!

quinta-feira, novembro 15, 2007

Estou aqui no meu silêncio.
Falando com um e outro ao MSN.
Tenho diversas opções de boa música para ouvir, mas a música dos pássaros nas árvores da rua são igualmente belas a qualquer boa música.
Hoje prefiro os pássaros.
A tarde está bonita, a rua pacata e o calor um pouco forte.
Organizei a bagunça que estava o meu lar doce lar e fiquei em dúvida...
Ler ou escrever?
Escrever.
Tantas coisas poderia fazer.
Mas esse momento aqui me é muito especial.
Quando estou aqui começa a passar o cinema da minha vida em minha mente.
Umas vezes é um drama, noutras a divina comédia. Noutras ainda o romance, a tragédia...
Meus medos ainda persistem, mas estou a me preparar para a fase boa.
Desejo coisas boas, procuro administrar meus conflitos, permaneço crente de que tudo são momentos de aprendizado que eu preciso para crescer e ser uma pessoa melhor.
Me policio para não julgar, mesmo ainda pecando tanto sobre esse aspecto.
Detesto sentir inveja e também me policio quanto a isso, mas sou ser humano e ainda tenho esse visgo indesejado, bem menos do que antes de ter a consciência dele, mas, tenho.
Procuro não tirar os outros por mim. Essa é a tarefa das mais difíceis. O egoísmo é meio que uma praga.
Hoje procuro enxergar os outros como os outros são.
Amar o meu amor como ele é, os meus familiares como eles são e os amigos como eles me mostram ser, todos estes "entes e aderentes" com suas fortalezas e riquezas.
Nem sempre serei correspondida na mesma intensidade.
Existirão aqueles que ainda querem me controlar, me maipular, me julgar e também me amar.
Cada um ao seu modo.
Tenho Eu que saber aproveitar o que de melhor o mundo tem pra me dar.
Música, arte, amor, amizade, trabalho, companheirismo, desgosto, ciúmes, dor, obstáculos, perdas e ganhos.

"É viver e aprender,
é viver e aprender, Malandro.
Vá compreender,
Vá tratar de viver."
Gonzaguinha
"Minha alma humana é a única forma possível de eu não me chocar desastrosamente com a minha organização física, tão máquina perfeita que é.
Minha alma humana é, aliás, também o único modo como me é dado aceitar sem desatino a alma geral do mundo.
A engrenagem não pode nem por um segundo falhar."
Clarice Lispector

terça-feira, novembro 13, 2007

... A vida não é
como essas estradas
do meu pensamento
que não levam a nada...

... Brilhar e crescer
pra não viver do passado...

Lula Cortes

Tarde de novembro ...

O dia hoje amanheceu diferente.
Querendo chover, querendo fazer sol...
Parecido comigo. Indeciso!
A nuvem cinza que pairava sobre a minha cabeça, hoje pairou sobre um bom pedaço do meu Recife. À hora do almoço, Deus resolveu choramingar e derramou umas lágrimas no nosso chão quente.
Mormaço.
Calor.
Como Eu, a natureza também estava meio assim meio assado.
Mas, eu estou bem.
Agora a tarde resolvi ir pensar na vida tomando um café na Rua do Bom Jesus.
14:30h - nem sol, nem chuva. Ameno
Sentei-me no Empório Bom Jesus e pedi um café expresso.
Na calçada as pessoas passavam: transeuntes, turistas brasileiros e estrangeiros, profissionais de TI pra lá e pra cá com seus crachás digitais, funcionários públicos, office boy´s ...
O casario da Rua Bom Jesus ainda está bonito.
Fiquei ali, olhando tudo, sentadinha à mesa na calçada. Um ventinho ... café forte, quentinho pra acordar... e o pensamento vagueando, passeando pelos últimos dias ocorridos.
Pensamento nas pessoas, nas coisas, no dinheiro, no futuro, nas expectativas...
Não posso me deixar abater.
O café acabou. Comprei coca -cola, chocolate diamante negro e agora cheguei aqui no meu escritório.
Ar condicionado, computador, banda larga e um pen drive com rock pra ouvir.
Tenho que estudar, criar vias de fuga, opções de ganhos.
Fases. O ser humano é feito de fases.

segunda-feira, novembro 12, 2007

Florais, Opala Dylan, Pedaleiras, Bailey´s, Rock e Edu Lobo

Na minha oscilação, ponho o meu ócio, ultimamente pouco criativo, para funcionar.
Ouvi hoje pela manhã que tenho uma grande alma de artista...
Será ?
Será que meu conflito é este ?
Eu deveria ser uma artista e isto grita em mim querendo desabrochar e a minha educação quatrocentona não deixa ?
Me disseram que como não o sou ainda, vivo na sombra dos que são.
Pertinho.
Sabe aqueles garotos que ficam na vitrine da loja de doces, babando, sem poder entrar porque não tem a moeda pra comprar aquela bomba de chocolate que lambuza a boca toda quando se morde?
Pois é.
Sou eu.
Meus últimos dias foram de oscilação.
Variações de humor, entre tristeza e alegria, solidão e muvuca.
Quero praia de novo. quero banho de mar e sol na pele. Quero marca de biquini.
Quero jardim, mais e mais papoulas amarelas, vermelhas e brancas, além das rosas cheirosas.
Quero mais música ecoando da minha sala de estar, seja rock, jazz ou música popular brasileira.
Quero mais arte.
Quero mais trabalho, mais realização, mais utilização da minha massa cefálica.
Quero mais livros, muitos livros, milhares de livros.
Quero mais escritos !!! Ah ! como eu queria saber escrever...
Quero mais amigos, artistas ou não, amigos.
Quero mais cinema
Quero mais conhecer novos - velhos ritmos e músicos e músicas da época em que eu nem existia neste plano.
Quero mais noites de Burburinho
Mais casa de Plínio
Mais passeio de Dylan
Mais Vernissage de Lula
Mais cerveja bocão em Serginho
Mais Paço Alfândega e Livraria Cultura
Mais Cine Apolo
Mais almoço no Mamulengo e picolé na Praça do Arsenal
Mais Cláudia Pontual
Quero mais maltado no Gambrino´s
Mais Pierre Vergé
Mais Torre Malakoff
Mais Spoletto com Nilu depois do expediente
Mais almoço da Fishy no Japa
Mais Erivan bêbo no Quintal do Lima
Mais passeio solitário pela Ilha de Santo Antônio com o sol à pino.
Mais gente no meu MSN
Muito Blues
Mais DVd´s de Bob Dylan e Edu Lobo
Rocketman em 1975
Janis gritando o amor
João falando baixinho sobre o sorriso e a flor
Mais histórias do passado da minha boemia
Dos amores apaixonados platônicos
Minhas saias levantando nas pontes do Recife
Mais Pink Plínio Floid ou mais Bob Xandinho Dylan
Quero muito Tucha
Sempre lembrança do meu Gordo Laio.
E os simpáticos Mou, Nestor e Lord.
Quero poemas, festivais, carnaval na moeda.
Quero namoro e muito beijo. Mão dada e olhares doces.
Ai ... como quero coisas boas e realizáveis ...

sábado, novembro 10, 2007

A História de Lilly Braun

E lá se vão as lembranças de Audro Lages... O Grande Circo Místico !


Como num romance
O homem de meus sonhos
Me apareceu no dancing
Era mais um
Só que num relance
Os seus olhos me chuparam
Feito um zoom
Ele me comia
Com aqueles olhos
De comer fotografia
Eu disse cheese
E de close em close
Fui perdendo a pose
E até sorri, feliz
E voltou
Me ofereceu um drinque
Me chamou de anjo azul
Minha visão foi desde então
Ficando blue
Como no cinema
Me mandava às vezes
Uma rosa e um poema
Foco de luz
Eu, feito uma gema
Me desmilinguando toda
Ao som do blues
Abusou do scotch
Disse que meu corpo
Era só dele aquela noite
Eu disse please
Xale no decote
Disparei com as faces
Rubras e febris
E voltou
No derradeiro show
Com dez poemas e um buquê
Eu disse adeus
Já vou com os meus
Numa turnê
Como amar esposa
Disse ele que agora
Só me amava como esposa
Não como star
Me amassou as rosas
Me queimou as fotos
Me beijou no altar
Nunca mais romance
Nunca mais cinema
Nunca mais drinque no dancing
Nunca mais cheese
Nunca uma espelunca
Uma rosa nunca
Nunca mais feliz

Boa música

Estava navegando na poesia de Edu Lobo.
Comprei-lhe o dvd Vento Bravo, muito bom por sinal e é impressionante como um poeta, um músico, um artista, consegue penetrar nas nossas mais recônditas intimidades e expressar através de sua poesia, música, arte, as nossas angústias, nossas tristezas, amores, alegrias ...
Assistindo ao DVD, deu-me vontade de por aqui e analisar as letras de diversas canções, como "Choro Bandido", "Beatriz" ou "A História de Lilly Brown".
Cada uma dessas músicas fala um pouco de mim desde sempre.
Um frase, um acorde, uma impostação de voz do próprio Edu... enfim ...
Acabei por desistir de tantas análises e apenas sentir-me feliz pela minha sensibilidade.
Modéstia à parte, sou uma privilegiada.
Porquê ?
Fica no ar...

sexta-feira, novembro 09, 2007

Nem todo mundo é perfeito...

...Escrever o que se tornará depois um livro exige às vezes mais força do que aparentemente se tem.
...Eu tinha que Eu mesma erguer de um nada, tinha Eu mesma que me entender, Eu mesma inventar por assim dizer a minha verdade.
Comecei.
Os papéis se juntavam um ao outro - o sentido se contradizia, o desespero de não poder era um obstáculo a mais para realmente não poder.
A história interminável que então comecei a escrever, que pena eu não a ter conservado: rasguei, desprezando todo um esforço quase sobre-humano de aprendizagem, de autoconhecimento.
Uma coisa eu já adivinhava: era preciso tentar escrever sempre, não esperar por um momento melhor porque este simplismente não vinha.
Escrever sempre me foi difícil, embora tivesse partido do que se chama vocação.

"Vocação é diferente de talento.
Pode-se ter vocação e não ter talento, isto é, pode-se ser chamado e não saber como ir."

Clarice Lispector