domingo, maio 13, 2012

Dia das mães e missa gregoriana.

Vida intensa essa que ando levando.
Ainda bem. Estou viva, afinal de contas.
Hoje, dia das mães.
A minha D. Célia é uma mãe em sua totalidade do ser mãe !
Hoje pela manhã, fomos à missa na Basílica do Sagrado Coração de Maria (Igreja do colégio Salesiano).
Assistimos a uma belíssima missa com canto gregoriano e ritos seculares que me levaram de volta aos tempos medievais. Fechei os olhos e por alguns minutos saí desta vida que hoje administro.
Reportei-me a séculos atrás. Uma viagem e tanto. Uma regressão e tanto.
Depois dessa imersão e viagem ao passado, fomos almoçar no Caxangá Golf Club. Paisagem belíssima, dia lindo e boa comida.
Obrigada,  Deus meu, por ter saúde perfeita e poder gozar de todas essas maravilhas !
Agora, chego em casa e a realidade me toma. Continuo na vida presente, sempre acreditando em dias bons, de aprendizado e consciência do bem que desejo ao mundo.
Meu Recife ao entardecer.


terça-feira, maio 08, 2012

A areia está escorrendo por entre os dedos.
Por mais que eu tente segurar.
E agora... nem sei se quero mais segurar.
Perseverantemente lutei e esperei.
Parecia que era o meu destino.
Esqueço sempre de que o destino é a nossa escolha.
Escolhemos tudo sempre, desde o início. Aliás, desde antes do início.
Não temos espelho.
Nossas ideologias de vida e valores são completamente paradoxos.
E como eu ainda fui buscar alimento nesta ilha, onde só tinha líquido?
E a areia começou a escorrer dos meus dedos há tempos.
Acho que é hora de abrir a mão e não mais segurar.
Pegar o barco ou ir a nado para o mar aberto.
Enquanto tenho viço, enquanto ainda tenho mel, enquanto ainda quero conquistar.
A natureza desta ilha não troca comigo suas boaventuras, apenas seus espinhos.
Estou bem arranhada, castigada pelo sol e pelo frio do estar sozinha.
Fatigada de iniciar a construção de uma cabana e a tempestade de uma água venenosa derrubar qualquer plano de futuro, mais ainda qualquer real presente. Não existe cumplicidade.
Ô...
A ilha vai voltar a ser inabitada. Ela mesmo expulsa seus visitantes. Terra infértil para aqueles que querem construir. Útil para todos que não querem viver. Lá tem de tudo um pouco de destrutivo.
E ainda acho que vou encontrar o oásis dentro daquela miragem de ilha paradisíaca.
Lêdo engano.
Deixo a ilha para os próximos desavisados.

domingo, maio 06, 2012

Não consigo mais estudar.
Minha cabeça não se concentra na leitura e voa por outras paragens.
E, a partir disso, lembro que tenho memória.
Uma memória grande que de acordo com os meus momentos, solicito uma ou outra lembrança.
Memória está diretamente ligada ao tempo passado.
Conheço pessoas que não tem memória. Em algumas situações, porque é muito conveniente, em outras por déficit de neurônios sadios.
De uma maneira ou de outra, isto é uma lástima.
Existem coisas que queremos esquecer e outras que queremos sempre eternizar em nossas mentes.
Existem pessoas a quem queremos esquecer e outras que queremos deixar em nossa vida presente para sempre.
E existem as escolhas.
E o que as escolhas tem haver com isto ?
Muita coisa.
Hoje, depois de um dia adverso, com contratempos que mexeram com o meu sistema nervoso, me deixando tensa, com medo e, literalmente estressada. Com um fim de semana que pra variar foi de desavenças, as quais estou bem cansada de enfrentar, me recordo das minhas escolhas...
O que escolhi como profissão, quem escolhi para estar ao meu lado, que trabalho escolhi para defender meu pão de cada dia...
E me lembro de detalhes de cada escolha destas no dia a dia... tudo o que enfrentei, o que sofri, o que me alegrei, o que conquistei e se valeu ou está valendo a pena.
Nem tudo, decerto vale a pena.
E continuo com as minhas memórias...

Assalto !

Acabo de chegar no curso para a aula de Adm. de RH e depois matemática.
Antes, acordando com sono, depois de ficar estudando até uma da manhã e também de ter brigado com um namorado incompreensível, comi qualquer bobagem e saí caminhando para embarcar num ônibus que me levasse até o bairro do Espinheiro.
O dia está bonito e as ruas desertas. Chego eu na parada do ônibus e sozinha me sento para esperá-lo, quando se aproxima um rapaz de vestimenta simples, mas aparência boa.
Qual o quê a minha ingenuidade.
Ele se aproxima de mim, pergunta-me a hora e inicia o assalto.
Disse mil barbaridades.
Eu apenas fiquei olhando para aquela criatura e pensando... se ele me agredir, me machucar... ele vai levar minha bolsa com documentos e dinheiro e o celular... que prejuízo!
Calmamente, eu fui andando em direção ao meio da rua, enm sequer olhando se vinham carros ou não, quando vêm se paroximando uma moto. Eu apenas apontei para o ladrão e ele amedrontou-se e sentou-se novamente nas bancadas da parada e eu fui andando, igual a um gato quando está em pé de briga... devagar, olhando de lado. Cheguei à esquina da rua e falei com dois vigilantes que trabalhavam numa obra. Eles foram comigo até a parada onde o ladrão ainda estava (cara de pau) e aí ele saiu correndo. Depois do susto, todo o meu corpo tremeu. Eles ficaram comigo esperando o ônibus.
Fim de semana com emoções.