sexta-feira, novembro 30, 2007

Andando de Ônibus

Hoje, fui ao trabalho de ônibus.
O dia está vibrante, com o sol reluzindo a prata dos rios
enaltecendo as cores do dia...
Caminhei tranquilamente pelas ruas do meu bairro
e tive sorte de encontrar o "buzão" me esperando na parada.
Cinco minutos, não mais e desci na Marquês do Recife.
Vento forte, gente na rua ...

Bom demais !
Tenho que perder o medo de aproveitar o meu bairro.
Tem tanta coisa bonita de se ver ...
Hora do almoço,
Paço Alfândega.
Encontro com uns e outros e um bom camarão no prato.
Estou farta de comida !
Volto caminhando, quase desfilando, aproveitando o sol da tarde e fazendo a digesta.
Agora só falta o cafezinho.
Mais tarde, ouvir a boa música no Conservatório...
E depois ... depois é depois.

quinta-feira, novembro 29, 2007

Bar Central.
Tem dias que os anjos mandam uns amigos pra nos ajudar.
Hoje foi um destes dias.
O dia tava meio amarrado, computador quebrado... dificuldade de trabalhar, enfim.
Quando saímos do trabalho: engarrafamento !
Putz!!!
A Assembléia Legislativa de Pernambuco torrou nosso dinheiro no coquetel de inauguração da iluminação de natal do casarão!
Grandes coisas!
Resultado: trânsito !
Por volta das 8:30h, baixei no Bar Central com Marcita e começamos a tomar umas bohemias.
Encontramos uns amigos que sentaram à nossa mesa e rimos um pouco.
Depois, conversa séria.
Foi muito legal.
Um baldinho de bohemias e já deu pra estar zonza...
Hoje foi o dia das conversas...
Hora do almoço com o papinho na praça do arsenal pra descansar
Depois no trampo
Depois Central
E agora estou aqui.
Queria ter escrito coisas mais legais, mas as coisas legais estão no pensamento.
Estou Eu, Tucha e a minha mais nova mascote: Florinda, a tartaruga marron da praia.
heheheheh
Ai gente ! como a gente complica a vida. Tudo podia ser tão mais fácil...
Gostar só de que pode ser gostável, amar só que está disponível pra ser amável...
Dividir com quem possamos dividir e não atrapalhar o que já é constituído...
mea culpa...

segunda-feira, novembro 26, 2007

Não Sei Quantas Almas Tenho

Não sei quantas almas tenho.
Cada momento mudei.
Continuamente me estranho.
Nunca me vi nem acabei.
De tanto ser, só tenho alma.
Quem tem alma não atem calma.
Quem vê é só o que vê,
Quem sente não é quem é,
Atento ao que sou e vejo,
Torno-me eles e não eu.
Cada meu sonho ou desejo
É do que nasce e não meu.
Sou minha própria paisagem;
Assisto à minha passagem,
Diverso, móbil e só,
Não sei sentir-me onde estou.
Por isso, alheio, vou lendo
Como páginas, meu ser.
O que sogue não prevendo,
O que passou a esquecer.
Noto à margem do que li
O que julguei que senti.
Releio e digo: “Fui eu?”
Deus sabe, porque o escreveu.

Fernando Pessoa

domingo, novembro 25, 2007

Das coisas que Eu amo visceralmente ...









"Amo-te quanto em largo, alto e profundo
Minh’alma alcança quando, transportada,
Sente, alongando os olhos deste mundo,
Os fins do Ser, a Graça entressonhada.
Amo-te em cada dia, hora e segundo:
À luz do sol, na noite sossegada.
E é tão pura a paixão de que me inundo
Quanto o pudor dos que não pedem nada.
Amo-te com o doer da velhas penas;
Com sorrisos, com lágrimas de prece,
E a fé da minha infância, ingénua e forte.
Amo-te até nas coisas mais pequenas.
Por toda a vida. E, assim Deus o quisesse,
Ainda mais te amarei depois da morte.
Das coisas que eu amo visceralmente."

Elizabeth Barrett Browning
(poeta inglesa, 1806-1861)
Estava assistindo a um DVD do Eric Clapton, cantando músicas do negro bluseiro Robert Johnson, que morreu com apenas 27 anos e segundo a lenda tinha um pacto com o diabo que afinava seus violões.
Década de 20 a 40.
Muito bom o DVD !
Devo essa a Plínio Floid que me apresentou o material.
Os dias em que as noites tem lua nova, crescente e cheia ficam frios no entardecer...
Tenho meu corpo frio apesar do dia lindo de sol que se apresentou hoje.
A natureza é inteligente.
Fim de semana tranquilo, meio de preguiça... vontade de balanço de rede...
de mordomia ... de ócio...
Trouxe trabalho pra casa e nem trabalhei.
Quem sabe mais tarde...
Ainda tem Café Filosófico para assistir e Recorte Cultural...
Ultimamente tenho tido preguiça de ler.
Tenho tido preguiça ultimamente...
Preguiça de tudo.
Ainda ando encucada com o que me ocorreu dias atrás.
Não quero me trair ...
Sinto saudades ...
Tem um sentimento muito grande dentro de mim que é de outro.
Às vezes ele pulsa tão forte que não sei se cabe em mim tanto dele.
Com certeza é bem maior do que eu mesma possa saber.
Loucura ou não, eu sinto e o dono sabe.
Estou invadida, tomada, raptada, capturada.
E agora?
Agora...
É sentir.

sexta-feira, novembro 23, 2007


"Mente quem diz que a lua é velha ..."
Acabei de salvar um pombo.
Detesto violência com animais.
O pobre animal tinha suas patinhas deformadas e não conseguia andar.
Estava assustado, acuado com o servente tangendo-o.
Peguei ele e com todo carinho acalmei tanta tremedeira.
Coloquei num galho de árvore para se proteger dos gatos e cães da rua.
Espero que consiga sobreviver e ache um meio de vida com a sua deformidade.
Um cinza multicor belíssimo do escuro para o claro e olhos castanhos que à noite viram faróis.
Não viremos, nós seres humanos racionais, bestas ignorantes !

quinta-feira, novembro 22, 2007

Linha de Pensamento

maconha
cigarro
H...
casamento
X...
M...
lar
casa
destruição
ama...
cas...
futuro
antigo
tristeza
perdição
desespero
sofrimento
pessoas
bar
gastar
bebida
porre
perdição
vômito
trabalho
pessoas
banco
café
Paço
dinheiro
sanguessuga
Op...
transa
le...
rua
amor
sexo
homens
gays
compromisso
concurso
dinheiro
estabilidade
namoro
casal
no meio

inveja
chocolate
outros
assalto
música
despeito
mulher
aliança
cama
gato
cachorro
João Pessoa
Muriçoca
amigos
esmola
escrever
blog
depressão
florais
ciúmes
fofoca
dívida
viagem
expectativa
Itália
fim!

Narciso no País das Maravilhas


... Na laboriosa tentativa de encontrar um lugar no mundo, cada um de nós se alimenta de duas fontes:
1) as aspirações, as normas e os brasões transmitidos por nossos ascendentes, coisas que podem nos dar a sensação de que temos uma missão na vida;
2) o amor, mais ou menos incondicional, que nos acolhe e agasalha nos primórdios de nossa existência permitindo, aliás, que ela vingue.
Em suma: legados paternos e cuidados maternos (é óbvio que qualquer um pode fazer função de pai ou de mãe).
Ora, na modernidade, bebemos sobretudo na segunda fonte.
Por isso, somos todos narcisos, ou seja, mais preocupados em sermos gostados, amados e admirados pelos outros do que com deveres e princípios.
Problema: em geral, o modelo do amor graças ao qual seríamos "alguém" (que sempre significa "alguém muito especial") é o momento em que, pendurados ao peito materno, ou melhor, com a mãe pendurada aos nossos lábios, estaríamos ao centro de um mundo controlado por nós: basta chamar, chorar etc. para que ela apareça e nos faça felizes.
Logicamente, com esse sonho narcisista encravado no nosso âmago, torna-se difícil lidar com separações, frustrações etc.
E, infelizmente, o mundo é um pouco mais cruel do que a mãe-padrão e sempre muito mais cruel do que a mãe mítica e escrava que gostaríamos de ter tido.
Como aprendemos a encarar perdas, danos e fracassos?
Narciso vive no país das maravilhas, diante de uma imensa vitrina de objetos que nos prometem o seguinte: ao alcançá-los, ganharemos o amor, a admiração e (por que não) a inveja de todos.
E alcançá-los é fácil -basta comprar: chocolate, relógios, charutos ou pacotes de férias.
Quem precisa de amores incertos com pessoas de verdade ou de objetos "transicionais" que as representem?
Os objetos do consumo são a melhor escolha; sobre eles temos um controle absoluto.
As drogas propriamente ditas oferecem algumas vantagens marginais: são baratas e, graças à crise de abstinência, garantem a ilusão de dominar perfeitamente a alternância de insatisfação e contentamento.
Mas, na verdade, para Narciso no país das maravilhas, qualquer objeto de consumo serve. Poderia ser o melhor dos mundos, se não fosse por dois detalhes.

1) Se hesito entre um carro e uma amizade ou um amor, é bem provável que minha experiência afetiva seja miserável;

2) se espero a felicidade dos objetos, desaprendo a agir e a desejar.

Contardo Calligaris, Folha de São Paulo - 22/11/2007

quarta-feira, novembro 21, 2007

"Cada pessoa que passa em nossa vida, passa sozinha
é porque cada pessoa é única e nenhuma substitui a outra.
Cada pessoa que passa em nossa vida passa sozinha
e não nos deixa só
porque deixa um pouco de si e leva um pouquinho de nós.
Essa é a mais bela responsabilidade da vida e a prova
de que as pessoas não se encontram por acaso."

Charlie Chaplin

terça-feira, novembro 20, 2007

Estou no trabalho.
Botei todos os meus bofes pra fora quando cheguei em casa.
Odeio vomitar.
Existem certo orifícios no corpo humano que tem MÃO ÚNICA !
A minha garganta é uma delas.
A noite foi muito agradável.
Saída com as amigas até o Tepan, num breve happy hour.
Minha casinha.
E uma volta no Burburinho.
Essa semana bati o recorde de frequência burb´s.
Pouca gente, sentei-me à mesa com Dênis.
Conversamos um pouco, abobrinhas legais de se conversar.
Esta noite ele foi um companheiro legal, roubou até a taça de licor pra mim, hehehe
Mas, na noite o que me encantou foi o casal da mesa da frente.
Ambos com mais de 40, sentados um ao lado do outro em silêncio, apenas curtindo o som.
Ele de aparência ex-hippie não totalmente domesticado pela nova sociedade capitalista.
Ela de cabelos grisalhos, pouco vaidosa e também, provavelmente, ex-hippie.
Cervejas, cigarros e uma ou outra troca de diálogo.
Fiquei imaginando... são tão parecidos em seus esteriótipos... devem estar juntos há muito tempo.
E a partir do contexto que criei deste casal, me vi no meio de outro.
Eu estou no meio, entre, no intervalo, no espaço que passou a existir entre eles.
E eles também são assim, que nem esse casal que descrevi acima.
Que direito tenho de invadir um espaço que é só de dois?
Acordei péssima, mas, péssima não pela noite e suas magias, mas pelo embrulho no meu pobre fígado bombardeado pelo que não presta.
Hoje vou na sopinha, torradas e chá de ervas.
E vou tentar esquecer um pouco a minha existência e as m... que ela faz na vida.

domingo, novembro 18, 2007

..."A felicidade aparece para aqueles que choram
Para aqueles que se machucam
Para aqueles que buscam e tentam sempre.
E para aqueles que reconhecem a importância
das pessoas que passam por suas vidas."
Clarice Lispector

Eu espero muito viver a plenitude do amor.
Espero a felicidade da parceria, do companheirismo
Espero, mesmo que de certa forma utópico, a sinceridade, a lealdade
Odeio jogos.
Não gosto da hipocrisia.
Opinões e posturas opostas para com a mesma pessoa. Isso é muito feio.
Andréa

sábado, novembro 17, 2007

04:33h - AM
Saí do chuveiro.
Fedia a cigarro.
Ouvidos mocos.
Guitas altas.
Voz desafinada na caixa de som.
Suportável.
Burburinho.
Antes, a calmaria de Pierre Vergé, o chorinho da moeda, o china do Mao Tai.
Rockblues.
Não bebi.
Hoje quis ficar sóbria.
Sóbria = observação.
Mulheres bonitas sentaram à minha mesa junto com o meu amigo de bar.
Muita cerveja, dança, sorrisos da fantasia da noite...
E eu sentada, sorrindo... observando.
Muito mais curtindo a música, sacando os instrumentos.
Hoje a Gibson de Morcego tava desafinada, ele até que tentou dar um jeito, mas ...
Pra quem queria apenas barulho, deu pra levar.
Pra queria música, doeu um pouquinho.
E fiquei alí, na primeira mesa do bar, de cara com os meninos mocambos,
Sentada, enquanto, todos em pé, dançavam e também curtiam.
As mulheres, no perigo do mundo cada vez mais sem homens, se mostravam com seus short's, seus copos de bebida, seus cigarros e seus perfumes doces, dançando sinuosamente.
Alguns homens olhavam. Algumas mulheres devem ter se dado bem.
Mas, acho engraçado. Tem gosto pra tudo.
Por "parível que encreça", como diz a Frenética astróloga, também chamei a atenção.
Sentadinha ali, escondida por todos que na minha mesa estavam em pé dançando divertidamente, percebí uma pessoa me olhando.
Era o baixista do interior.
Também me olhavam os mocambos.
Não devem estar muito acostumados com uma mulher, de óculos, com cara de velha chata e intelectual crítica, sentada olhando os dedilhados da guita, utilização de pedais, do contrabaixo e os movimentos sincronizados da bateria, hehehehe.
É bom ser diferente...

Hipocrisia, Hipócrita

sf. 1. Afetação de virtude ou sentimento que não se tem.
2. Fingimento, falsidade.
adj. 1. Que tem, ou em quem há hipocrisia.
Para os poucos que não sabem usar o dicionário, espero sinceramente que sejam realmente poucos, as siglas que iniciam a definição das palavras do meu título querem dizer, respectivamente: substantivo feminino e adjetivo.

Pois é.
Este substantivo feminino tem tornado-se adjetivo com uma frequência absurda nos últimos tempos.
Das duas, uma:
Ou
Eu tenho "andado meio desligada"
Ou
Tenho frequentado guetos hipócritas
Ou
Sou uma idiota, ex- terrestre (do sentido de não mais fazer parte deste planeta atual e sim do anterior a ele).

É impressionante como as pessoas hoje perderam o sentido do que é sinceridade, verdade, respeito, caráter, acima de tudo, CARATER !
PERSONALIDADE !

Os seres, hoje, desapropriam-se de suas personalidades com uma facilidade abismal. Não conseguem mais ter uma opinião própria e única sobre tudo e qualquer coisa e se vão pela torrente dos outros.
CARACA !!!!
Acho que vou morrer só, de tão chata que me tornarei aos olhos da multidão de hipócritas em que está se transformando a existência.
Mas, prefiro morrer só do que ser HIPÓCRITA !!!!

quinta-feira, novembro 15, 2007

Estou aqui no meu silêncio.
Falando com um e outro ao MSN.
Tenho diversas opções de boa música para ouvir, mas a música dos pássaros nas árvores da rua são igualmente belas a qualquer boa música.
Hoje prefiro os pássaros.
A tarde está bonita, a rua pacata e o calor um pouco forte.
Organizei a bagunça que estava o meu lar doce lar e fiquei em dúvida...
Ler ou escrever?
Escrever.
Tantas coisas poderia fazer.
Mas esse momento aqui me é muito especial.
Quando estou aqui começa a passar o cinema da minha vida em minha mente.
Umas vezes é um drama, noutras a divina comédia. Noutras ainda o romance, a tragédia...
Meus medos ainda persistem, mas estou a me preparar para a fase boa.
Desejo coisas boas, procuro administrar meus conflitos, permaneço crente de que tudo são momentos de aprendizado que eu preciso para crescer e ser uma pessoa melhor.
Me policio para não julgar, mesmo ainda pecando tanto sobre esse aspecto.
Detesto sentir inveja e também me policio quanto a isso, mas sou ser humano e ainda tenho esse visgo indesejado, bem menos do que antes de ter a consciência dele, mas, tenho.
Procuro não tirar os outros por mim. Essa é a tarefa das mais difíceis. O egoísmo é meio que uma praga.
Hoje procuro enxergar os outros como os outros são.
Amar o meu amor como ele é, os meus familiares como eles são e os amigos como eles me mostram ser, todos estes "entes e aderentes" com suas fortalezas e riquezas.
Nem sempre serei correspondida na mesma intensidade.
Existirão aqueles que ainda querem me controlar, me maipular, me julgar e também me amar.
Cada um ao seu modo.
Tenho Eu que saber aproveitar o que de melhor o mundo tem pra me dar.
Música, arte, amor, amizade, trabalho, companheirismo, desgosto, ciúmes, dor, obstáculos, perdas e ganhos.

"É viver e aprender,
é viver e aprender, Malandro.
Vá compreender,
Vá tratar de viver."
Gonzaguinha
"Minha alma humana é a única forma possível de eu não me chocar desastrosamente com a minha organização física, tão máquina perfeita que é.
Minha alma humana é, aliás, também o único modo como me é dado aceitar sem desatino a alma geral do mundo.
A engrenagem não pode nem por um segundo falhar."
Clarice Lispector

terça-feira, novembro 13, 2007

... A vida não é
como essas estradas
do meu pensamento
que não levam a nada...

... Brilhar e crescer
pra não viver do passado...

Lula Cortes

Tarde de novembro ...

O dia hoje amanheceu diferente.
Querendo chover, querendo fazer sol...
Parecido comigo. Indeciso!
A nuvem cinza que pairava sobre a minha cabeça, hoje pairou sobre um bom pedaço do meu Recife. À hora do almoço, Deus resolveu choramingar e derramou umas lágrimas no nosso chão quente.
Mormaço.
Calor.
Como Eu, a natureza também estava meio assim meio assado.
Mas, eu estou bem.
Agora a tarde resolvi ir pensar na vida tomando um café na Rua do Bom Jesus.
14:30h - nem sol, nem chuva. Ameno
Sentei-me no Empório Bom Jesus e pedi um café expresso.
Na calçada as pessoas passavam: transeuntes, turistas brasileiros e estrangeiros, profissionais de TI pra lá e pra cá com seus crachás digitais, funcionários públicos, office boy´s ...
O casario da Rua Bom Jesus ainda está bonito.
Fiquei ali, olhando tudo, sentadinha à mesa na calçada. Um ventinho ... café forte, quentinho pra acordar... e o pensamento vagueando, passeando pelos últimos dias ocorridos.
Pensamento nas pessoas, nas coisas, no dinheiro, no futuro, nas expectativas...
Não posso me deixar abater.
O café acabou. Comprei coca -cola, chocolate diamante negro e agora cheguei aqui no meu escritório.
Ar condicionado, computador, banda larga e um pen drive com rock pra ouvir.
Tenho que estudar, criar vias de fuga, opções de ganhos.
Fases. O ser humano é feito de fases.

segunda-feira, novembro 12, 2007

Florais, Opala Dylan, Pedaleiras, Bailey´s, Rock e Edu Lobo

Na minha oscilação, ponho o meu ócio, ultimamente pouco criativo, para funcionar.
Ouvi hoje pela manhã que tenho uma grande alma de artista...
Será ?
Será que meu conflito é este ?
Eu deveria ser uma artista e isto grita em mim querendo desabrochar e a minha educação quatrocentona não deixa ?
Me disseram que como não o sou ainda, vivo na sombra dos que são.
Pertinho.
Sabe aqueles garotos que ficam na vitrine da loja de doces, babando, sem poder entrar porque não tem a moeda pra comprar aquela bomba de chocolate que lambuza a boca toda quando se morde?
Pois é.
Sou eu.
Meus últimos dias foram de oscilação.
Variações de humor, entre tristeza e alegria, solidão e muvuca.
Quero praia de novo. quero banho de mar e sol na pele. Quero marca de biquini.
Quero jardim, mais e mais papoulas amarelas, vermelhas e brancas, além das rosas cheirosas.
Quero mais música ecoando da minha sala de estar, seja rock, jazz ou música popular brasileira.
Quero mais arte.
Quero mais trabalho, mais realização, mais utilização da minha massa cefálica.
Quero mais livros, muitos livros, milhares de livros.
Quero mais escritos !!! Ah ! como eu queria saber escrever...
Quero mais amigos, artistas ou não, amigos.
Quero mais cinema
Quero mais conhecer novos - velhos ritmos e músicos e músicas da época em que eu nem existia neste plano.
Quero mais noites de Burburinho
Mais casa de Plínio
Mais passeio de Dylan
Mais Vernissage de Lula
Mais cerveja bocão em Serginho
Mais Paço Alfândega e Livraria Cultura
Mais Cine Apolo
Mais almoço no Mamulengo e picolé na Praça do Arsenal
Mais Cláudia Pontual
Quero mais maltado no Gambrino´s
Mais Pierre Vergé
Mais Torre Malakoff
Mais Spoletto com Nilu depois do expediente
Mais almoço da Fishy no Japa
Mais Erivan bêbo no Quintal do Lima
Mais passeio solitário pela Ilha de Santo Antônio com o sol à pino.
Mais gente no meu MSN
Muito Blues
Mais DVd´s de Bob Dylan e Edu Lobo
Rocketman em 1975
Janis gritando o amor
João falando baixinho sobre o sorriso e a flor
Mais histórias do passado da minha boemia
Dos amores apaixonados platônicos
Minhas saias levantando nas pontes do Recife
Mais Pink Plínio Floid ou mais Bob Xandinho Dylan
Quero muito Tucha
Sempre lembrança do meu Gordo Laio.
E os simpáticos Mou, Nestor e Lord.
Quero poemas, festivais, carnaval na moeda.
Quero namoro e muito beijo. Mão dada e olhares doces.
Ai ... como quero coisas boas e realizáveis ...

sábado, novembro 10, 2007

A História de Lilly Braun

E lá se vão as lembranças de Audro Lages... O Grande Circo Místico !


Como num romance
O homem de meus sonhos
Me apareceu no dancing
Era mais um
Só que num relance
Os seus olhos me chuparam
Feito um zoom
Ele me comia
Com aqueles olhos
De comer fotografia
Eu disse cheese
E de close em close
Fui perdendo a pose
E até sorri, feliz
E voltou
Me ofereceu um drinque
Me chamou de anjo azul
Minha visão foi desde então
Ficando blue
Como no cinema
Me mandava às vezes
Uma rosa e um poema
Foco de luz
Eu, feito uma gema
Me desmilinguando toda
Ao som do blues
Abusou do scotch
Disse que meu corpo
Era só dele aquela noite
Eu disse please
Xale no decote
Disparei com as faces
Rubras e febris
E voltou
No derradeiro show
Com dez poemas e um buquê
Eu disse adeus
Já vou com os meus
Numa turnê
Como amar esposa
Disse ele que agora
Só me amava como esposa
Não como star
Me amassou as rosas
Me queimou as fotos
Me beijou no altar
Nunca mais romance
Nunca mais cinema
Nunca mais drinque no dancing
Nunca mais cheese
Nunca uma espelunca
Uma rosa nunca
Nunca mais feliz

Boa música

Estava navegando na poesia de Edu Lobo.
Comprei-lhe o dvd Vento Bravo, muito bom por sinal e é impressionante como um poeta, um músico, um artista, consegue penetrar nas nossas mais recônditas intimidades e expressar através de sua poesia, música, arte, as nossas angústias, nossas tristezas, amores, alegrias ...
Assistindo ao DVD, deu-me vontade de por aqui e analisar as letras de diversas canções, como "Choro Bandido", "Beatriz" ou "A História de Lilly Brown".
Cada uma dessas músicas fala um pouco de mim desde sempre.
Um frase, um acorde, uma impostação de voz do próprio Edu... enfim ...
Acabei por desistir de tantas análises e apenas sentir-me feliz pela minha sensibilidade.
Modéstia à parte, sou uma privilegiada.
Porquê ?
Fica no ar...

sexta-feira, novembro 09, 2007

Nem todo mundo é perfeito...

...Escrever o que se tornará depois um livro exige às vezes mais força do que aparentemente se tem.
...Eu tinha que Eu mesma erguer de um nada, tinha Eu mesma que me entender, Eu mesma inventar por assim dizer a minha verdade.
Comecei.
Os papéis se juntavam um ao outro - o sentido se contradizia, o desespero de não poder era um obstáculo a mais para realmente não poder.
A história interminável que então comecei a escrever, que pena eu não a ter conservado: rasguei, desprezando todo um esforço quase sobre-humano de aprendizagem, de autoconhecimento.
Uma coisa eu já adivinhava: era preciso tentar escrever sempre, não esperar por um momento melhor porque este simplismente não vinha.
Escrever sempre me foi difícil, embora tivesse partido do que se chama vocação.

"Vocação é diferente de talento.
Pode-se ter vocação e não ter talento, isto é, pode-se ser chamado e não saber como ir."

Clarice Lispector

quinta-feira, novembro 08, 2007

Apenas Flor, Flor de Lótus.


"...O mundo submete todo empreendimento a uma alternativa: a do sucesso ou do fracasso, da vitória ou da derrota.
Protesto por uma outra lógica:
Sou ao mesmo tempo e contraditoriamente feliz e infeliz: "conseguir" ou "fracassar" têm pra mim sentidos apenas contingentes, passageiros (o que não impede que minhas dores e meus desejos sejam violentos).
O que me anima surda e obstinadamente não é tático: aceito e afirmo fora do verdadeiro e do falso, fora do êxito e do malogro;
Estou destituído de toda finalidade, vivo conforme o acaso.
Confrontado com a aventura, não saio nem vencedor, nem vencido: sou trágico.
Dizem-me: esse gênero de amor não é viável.
Mas como avaliar a viabilidade? Por que o que é viável é um bem?
Por que durar é melhor que inflamar?"

Schelling

segunda-feira, novembro 05, 2007

Palavras...
A esmo.
Vazio.
Angustiante.
A avidez por ter a cabeça cheia de pensamentos...
Na verdade, talvez, falta de objetivos.
Perdição.
Desencontro.
Dúvida...
Agonia...
Sensação de perda de tempo.
Não olhar pra si mesmo.
Viver os dias do nada, do vazio.
Isso é fértil ?
Deve ter alguma utilidade.
Mecanicismo.
Quebra.
Solidão.
Querer tudo em excesso.
Depressão ?
Sim ? não ?
Não sou a Psicóloga agora...
Sou o ser em angústia.
Não quero morrer, é muito pobre de espírito.
Quero ter objetivos, mas, estou presa não sei a quê, a quem, como, em quê !
Estou pasmacenta, estagnada, molenga, inútil, com os meus medos.
Fatídica depressão que me consome.
Como vou vencê-la ?
Com bolinhas viciantes ?

domingo, novembro 04, 2007

HAGALAZ

Forças naturais destruidoras
Crise e crescimento tem a mesma raiz.
Não há progresso sem mudança.
Estruturas sólidas e antigas se transformam,
às vezes,
em fortalezas opressoras.
O eu represado pressiona os limites para se manifestar.

sábado, novembro 03, 2007

Em casa ...
Um pouco de do de cabeça ...
Acho que foi o sol da praia com a noite mal dormida, enfim ...
Mas foi bom a manhã de praia hoje.
Uma boa caminhada, sol batendo na pele ...
Vida !
Preciso me fazer acontecer...