sexta-feira, novembro 11, 2016

Fim de mundo!

Confusão.
Minha cabeça está envolta numa nuvem tão densa de lembranças, ausências, lutas difíceis, batalhas ainda não vencidas, preconceitos, auto-cobranças e boicote, muito boicote. Carências antigas, sensação de incompreensão e muita solidão.
Sim, solidão é bom de vez em quando, mas, não sempre, todos os dias, o dia todo.
Uma sensação constante e certeira de que há um total deslocamento dentro do lugar onde se vive.
Eterna desconfiança de que se é um estranho no ninho que se entende por planeta.
Certa feita disseram que não queria dar certo. Um destempero constante e, às vezes, grita tanto que incomoda.
Eita!

domingo, julho 31, 2016

Meu ego.

Aqui na minha solidão eu penso na vida, no que venho fazendo dela e como eu a levo comigo.
Às vezes, fico com uma vontade grande de ver o futuro e saber o que ainda está guardado pra mim, pois já me sinto velha.
É, já me sinto, pois fico me questionando o que ainda pode vir a me acontecer...
Depois mudo radicalmente de pensamento e reflito: oras, eu ainda sou tão jovem...
Essa tal de ansiedade...
Melhor não saber de nada e ir vivendo o presente dos dias.
Na solidão acompanhada de mim mesma, saio do real e fantasio absurdos como uma menina ingênua e sem malícia, boba e fora do seu tempo.
Em muitos momentos de minha existência sinto que estou fora de época.
Algumas pessoas me chamam de doida. Eu prefiro pensar que estas pessoas que me denominam assim são de fato insensíveis. Elas simplesmente não tem o mesmo olhar do mundo que eu.
Criei um mundo paralelo dentro dos livros e das músicas e, ultimamente só tenho vontade de star por lá.
O mundo de verdade está desagradável.

segunda-feira, julho 25, 2016

Hein???

Não.
Sim.
Começo com um não.
Sim,  tenho consciência de que um não é um não e ponto final.
Encerra coisas, fatos, pessoas, situações e até ilusões.
Não. Nada é fim e tudo pode ser inicio de outro tudo
Um transtorno.
Vivo um extremo transtorno entre o sim e o não.
Uma confusão.
Uma perdição.
Muita idealização do tudo e no entanto, nada.
E a cabeça atordoada, tola, ingênua e pura.
Sim, volta aos primórdios tempos da ingenuidade sem malícia, sem experiências e sem entraves.
Voltei.
Voltei ao meu Eu bobo.
Que bom, que dor...
Que pseudo-masoquismo louco essa coisa do amor.
Sim, uma coisa sim, um objeto que bole com meu funcionamento orgânico: mente, corpo, mente corpo... e o corpo me mente...
Me engana e sim, sou eu mesma que me engano...
Que traidora!!!!!
como eu pude fazer isso com meu Eu tão, tão, tão...
Tão inocentemente eu...
"Vou fugir pra outro lugar baby, vou fugir"
Não!!!!! não posso, não dá, não posso.
Posso! Eu posso tudo ou quase tudo e nada. No fundo nada.
Não, jamais, tudo de novo de jeito nenhum!!!
Tá louca?
Não e sim...

sábado, julho 23, 2016

A beleza diária de minha vida.


A tarde está linda! todas as cores que pintam o dia estão vibrantes e alegres. Sente? Você sente as cores e seus vibratos? é de uma imensidão...

O céu azul, azulzinho, assim como a música do Djavan, O amarelo das papoulas do meu avô estão de uma vivacidade contrastando com o vinho do seu núcleo. E as folhas? O que posso descrever do verde das folhas de todas as plantas que insistem em me sorrir? papoulas, jasmineiros, crisálidas e espadas de São Jorge. O sol, por entre as plantas, agora mesmo, acabou de piscar o olho pra mim, emitindo raios que iluminam o mais profundo do meu ser. Estes raios luminosos, sim, eu os deixo penetrar por todo o meu corpo, quase tatuando a minha pele com seu calor de quase poente.
O dia é um furta-cor e eu, com minha carne branca e meus cabelos escuros, monocromaticamente, aprecio essa beleza singela e diária que ganho do Ser Supremo.

terça-feira, junho 28, 2016

Apenas ser...

                                                                                                                                   
Sim, ando numa tremenda confusão.
Ás vezes não quero ser eu mesma. Fico meio cansada de meu próprio estereótipo.
Cansada!
Admiro os poetas, eles podem ser tantos...
E vejo o mundo interessado no que podem tocar.
Eu me interesso por quase tudo: o que toca, o que respira o que me pode transcender e me deixar sem ar.
Ai como eu quero transcender...
Me desgarrar 100%  do meu cárcere...
Ah !!! esse superego tão meu algoz, carrasco, quase nazista.
Estou perdendo tempo!!!
Minhas tentações me chamam para algo que ainda não sei o que é...
Não sei quem, não sei onde, não sei quando, mas sei que quero.



segunda-feira, junho 27, 2016

Intensidade...

Como posso ser eu mesma?
Estou esborrando uma confusão de tudo!
Preciso jogar pra fora, esvaziar, externar, dividir, compartilhar o que vem dentro de mim e não cabe mais em mim.
Louca!
Sim, estou e tão normal que sou...
Céus!!
A vida está densa e intensa! vou afogar-me num mar de ideias e pensamentos e sentimentos e emoções que nem sei expressar e que não cabem mais em mim...

Eu queria...

Sim, estou poética.
Talvez por estar perdida, talvez não.
Sempre que estou de alguma forma contemplativa, fico poética e a cabeça sai deste plano e paira num limbo cheio de imagens e emoções.
Tudo muito louco, misturado entre realidade e imaginação, sonhos e desejos, passado e uma louca vontade de futuro.
Sim, estou num tempo em que meu desejo é estar sempre neste limbo que mais parece um outro país, um outro mundo, um outro lugar cheio de diferenças e semelhanças com tudo o que eu venho sendo até agora neste último minuto em que escrevo.
Talvez, sim, a solidão venha fazendo isto comigo, talvez a falta de muitas coisas, pessoas, sensações, talvez a falta de realização de sonhos e objetivos, talvez um pouco de cansaço de sempre estar na luta.
Não posso reclamar, não, não posso de jeito nenhum.
A vida me tem sido muito boa, de fato. Não ter nada ruim seria muito chato, eu acredito.
e o que eu desejo que não tenho?
Hum... muitas coisas e pessoas. Sentimentos e emoções.
Chego até a me sentir infantil de novo, ingênua, muito!
Moram dentro de mim várias de mim, cada uma com seus desejos e quando elas me gritam em uníssono...
Me desligam do mundo cheio de compromissos e afazeres e obrigações e satisfações a dar e horários a cumprir... argh !!!
Muito cansaço, muita vontade de vencer e, às vezes de sair daqui. Sim, do planeta mesmo!
Mas, para onde eu iria? que planeta?
O das músicas ou da poesia?
Não... não sou tão grande assim, mas queria ser.



domingo, junho 26, 2016

E assim foi...

E assim foi como aconteceu mais um feriado do ano.
Me senti improdutiva.
É interessante o que me ocorre.
Estou intrinsecamente ligada ao externo e quando esse externo está bagunçado...
Eu fico desorganizada, confusa e o que sou desce ladeira abaixo numa perdição de tempo sem fim.
É um tal de pensar em besteira, viajar na maionese que nem sei...
Vai passar.

segunda-feira, junho 20, 2016

E...

E parece que ela começa a despertar de um sono pesado, profundo.
Parece que um sopro, ainda muito fraco, inicia nela o olhar para outros horizontes.
Não é sabido nada ainda. Nada de nada. Nadinha mesmo.
Mas, sabe quando o coelho de Alice começa a surgir por entre os arbustos do jardim?
E some e aparece e some novamente e ressurge em outro lugar...
É assim que descrevo tudo.
Assim como um acontecimento tímido e uma troca de coisas valorosas e umas conversas longas sobre muito da vida...
Sei que o coração está querendo conhecer, o pensamento desvendar, o corpo experimentar.
Às vezes parece nada, às vezes, alguma coisa, às vezes quase uma certeza.
O tal do pressentimento, o tempo...
Vai preparando a gente para o bom.
Vou seguindo-a e esperando...

sexta-feira, abril 29, 2016

Andando pelas ruas do meu Recife, eu ...

Andando pelas ruas do meu Recife, reflito sobre a vida, as minhas escolhas e a sociedade em que vivo e os seus ditames.
Cresci numa família conservadora, com preconceitos de todos os tipos, esteriótipos consagrados que todos deviam seguir através das gerações.
Como toda hipocrisia instalada no conservadorismo, minha família não poderia ser diferente.
"Faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço."
E assim cresci num limbo entre a riqueza de parte da família e a dita pobreza (considerando uma comparação entre os clãs).
Eu sempre fui da ala pobre.
Foi um crescimento difícil. Vejo isto hoje em dia.
Imaginem ...
Uma criança que recebeu uma boa educação, mas, não pode ter a metade das bugigangas que os primos da mesma idade tiveram.
As férias eram sempre dentro de casa, poucos presente, lanches racionados, nada de esportes ou festas no colégio, nada de amigos dormindo na sua casa ou vice-versa.
Nada de bicicleta. Brincar na rua? não.
Aí, ao mesmo tempo, eu convivia, pouco, é fato, mas convivia com o lado ostentoso da família naquelas reuniões tradicionais do ano.
Era bom e ruim.
Era ruim me sentir inferior. Menos culta, a pobre. Os comparativos ente os primos sempre houve e isto acaba com a autoestima de qualquer criança, que não podia nada, mas tinha que ser tudo!!!
Hoje, crescida e batendo na porta da meia-idade, ainda sofro com os resquícios da vida infantil.
Meus medos, inseguranças, dúvidas e...
Andando pelas ruas do meu Recife, reparei o quanto me boicoto sem perceber...

sexta-feira, abril 22, 2016

Elocubrando

Sim, estou nos meus dias de introspecção.
Refletindo e elocubrando   demais sobre tudo.
Preciso de terapia, de apoio para tentar sair de mim e me ver de fora.
Quando estou arrodeada de mim mesma, corro o grave perigo de falsas interpretações sobre o mundo e prendo-me inconscientemente num casulo, onde sou vítima e vilã, tenho razão e não, tenho culpa e sou inocente.
Sim, sou responsável única por mim mesma e o que sou, mas, a  escuta neutra, imparcial pode deixar esse jogo mais justo e menos viciado de meus próprios preconceitos, medos e frustrações.
Tenho me visto triste ultimamente, um misto de baixa auto-estima e vitimização.
Tenho tudo.
Como posso?
Não, não posso.
Ao mesmo tempo preciso avaliar essa minha excessiva auto-crítica, essa cobrança de ser uma "dentro de meus padrões de certo e errado".
Ai... esses outros seres...
A tal da autonomia não existe. Não consigo vê-la de modo tranquilo.
Esse desejo de ser no equilíbrio, só na morte mesmo.
E aí vem as tais escolhas e as intermináveis perguntas existenciais que jamais passarão mesmo que eu estude toda a psicologia e filosofia da humanidade.
É muito caro apenas viver os dias nas gestalten, muito.

domingo, março 13, 2016

Estive doente. Uma dessas que os médicos chamam de virose. 10 dias de molho e agora, de novo! faringite alérgica por conta das obras no trabalho.
E fico pensando na minha vida e nos meus desejos e em tudo o que já fiz até agora.
Pontos de vista.
Me apaixono por qualquer um e ao mesmo tempo não.
Vida que tem passado tão rápido e eu já estou com 46...