quarta-feira, junho 17, 2015

Pára que eu quero descer...

Cansada. Exausta.
Insegura.
Com medo.
A vida mostra que estamos aqui correndo riscos a cada segundo e que o ser humano é uma criatura sem limites tanto par ao bem quanto para o mal.
As drogas evidenciam que tudo está tão fora de controle, saúde, educação, justiça, que os desfavorecidos chafurdam na lama dos psicotrópicos para ter coragem de cometer uma barbárie. Matar, roubar, violentar como se isto fosse aliviar, compensar, revidar a revolta que existe desde que nasceram.
Onde estamos neste mundo? quem somos?
Sim, faço agora a pergunta existencial coletiva. No quê nos transformamos?

quinta-feira, junho 11, 2015

E se?

Oscilante como uma onda que vai e vem, este é o meu destino até quando não sei.
Construindo e desmanchando.
Começando e recomeçando.
Quase sempre em novos ares, como as ondas que trazem novas, algas, outras estrelas,  sargaços desgarrados de corais e pedras.
E logo eu que sempre detestei mudanças...
Tem sido a minha sina e meu cotidiano.
Um momento, um instante, uma temporada.
Nada mais que isso.
De constante apenas eu, meu coração e minha respiração.
Apenas eu.
Eu que nasci sob os auspícios de um signo terreno, de raízes sólidas e segurança...
Ando em meio a eternas expectativas, sobressaltos, e se...
Aprendi a não saber planejar.
Às vezes me pego tentando entender o que é passado, presente e futuro, porque nunca sei onde estou.
E assim perambulo como assombração por essas instâncias fugitivas de mim.
Um hora eu sou passado, de repente sou presente, não sei quando serei futuro, talvez já!
E enquanto a vida me caminha, vou viajando nas letras de outrem.
Muitas vezes lá encontro-me, conheço-me e reconheço-me.

sexta-feira, junho 05, 2015

"O que se assucede? é tudo tão estranho..."

E a vida segue os seus dias.
Uns bons outros ruins.
Às vezes, a poluição sonora é tamanha - gritos, palavras ofensivas, tomada de discurso a força, indiretas.
Outras vezes, como agora, o silêncio paira, tranquilizador em sua sala, em sua mente.
Que bom início de uma sexta-feira.
Persiste ela em se motivar para seguir realizando em todas as suas frentes de "batalha".
É verdade... todos os dias ela é lançada em pequenas batalhas...
Esse tal de relacionamento interpessoal está cada dia mais complicado.
Muitos querendo ser ouvidos, poucos querendo ouvir.
Todos querendo sair em vantagem e sobressair-se perante o outro, o colega, o amor.
Por falar em amor...
Céus !!!
Como tudo está tão diferente dos conceitos que ela aprendeu sobre o amor a dois.
Uam verdadeira revolução ao contrário aconteceu neste meio e ela estava aonde que não acompanhou?
Ainda bem que não!!!
Começa a pensar que, realmente, é melhor estar sozinha do que beijar aleatoriamente muitas bocas.
Não. Para ela isto tudo não passa de tentativa de auto afirmação para elevação da auto estima que anda no chulé. 
Será mesmo preciso beijar muitas bocas para se divertir?
Ela é do tempo do conhecer, conversar, muitas vezes encontrar nele um amigo, ao invés de um namorado...
Antiquada ela está nestes tempos modernos de sentimentos frívolos e desvalorização do corpo, que leva, naturalmente a mudança de valores imensa.
Ela ainda é do tempo que o gostoso é descobrir no outro e aos pouquinhos, durante o namoro acontecendo, as belezas, os defeitos, o bom e ruim.
Nos dias de agora, o beijo já ocorre antes mesmo de saber o nome. Mãos escorregadias já passeiam antes mesmo de se travar uma conversa interessante...
É... ela é do tempo do ronca!

segunda-feira, junho 01, 2015

O inverno está chegando.
No nordeste do país as estações do ano são muito desequilibradas. 
Desequilibradas tanto quanto o interior dela.
Desequilíbrio?
Talvez não seja a melhor palavra pra qualificar um estado de ser, um momento ou uma fase.
Fases demoram muito a passar. Como tratar a ansiedade enquanto isso?
Enquanto isso existe um sentimento de falta de pertença.
Ela anda por aqui e por ali, com aquele e com aquela e no entanto... não se identifica com nada.
Viverá reclusa para sempre?
E tudo o que acontece em seu interior? como lidar?
Afinal ela é feita de carne e osso e ... sentimentos e emoções. Muitas.
Necessidades, vontades, desejos.
Por enquanto, encarna nela aquela sensação de ET. 
Começo a achar que ela é esquizofrênica e tem o ET imaginário que carrega consigo pra onde vai. 
E o pior: o mundo dele é mais legal que o mundo dela. Ou será que o mundo dele é o mundo dela imaginário?
Sim, isso mesmo!!
Mas, a população por lá é escassa. Só duas pessoas: ela e o ET. E o ET é ela, então o mundo de uma pessoa só.
Não. Engano. No mundo dela existem muitos artistas, escritores, músicos (vivos e mortos, lá é tudo a mesma coisa), muitos pensadores. Livros são verdadeiros edifícios de conhecimento.
Mas, ela começa a sentir falta de gente. Mas, quando vai buscar gente para habitar seu mundo... não acha um transeunte interessante.
Lástima.
Enquanto isso, os livros, as músicas, os filmes, o trabalho vai alimentando sua existência e a do ET.
Quanto mais vive, mas sabe que não viveu quase nada.
Pobre cabecinha cheia de dúvidas...