sábado, março 22, 2008

Sexta - feira Santa

Quase duas da manhã e para mim parece o dia mais claro e belo de sol.
Paradoxo ?
Não.
Síndrome de Coruja !
Após dormir por 12 horas quase ininterruptas, acordei hoje às quatro da tarde para o meu primeiro desjejun: o almoço.
E que almoço !
Um literal banquete com feijão de côco, arroz, peixe surubim frito, bacalhau ao molho de côco, bredo, kibebe, salada e para acompanhamento, vinho tinto licoroso.
Dos deuses !!!
É claro que me fartei, óbvio e ululante !
Depois desse farto "pasto", exerci minhas funções domésticas de lavar a louça, já que minha mãe foi a autora de tão delicioso paraíso gastronômico onde me empanturrei.
Isso já montavam quase seis da noite.
Voltei para o meu cafofo e a chuva caiu torrencialmente.
Aproveitei para limpar a casa e depois fui para o banho morno e restaurador.
TVzinha para ver as notícias e por volta das nove jantarzinho básico: cuzcuz de côco com requeijão e café preto, preto, preto e bem quente. Show de bola !
Novelinha pra entrenter a mente sem cansar.
De volta para casa e tome-lhe chuva !
A Tv já não me interessa mais... fui ler.
Voltei a beber na Psicologia Clínica.
Meus felinos me fizeram muita companhia, subindo e descendo no meu colo e fazendo de minhas roupas, meus cabelos e meus livros verdadeiros brinquedos. Um deles chegou a sentar-se em meu colo e ficou olhando o livro como se estivesse lendo, essa cena foi ilária: um gato psicólogo !!!
Depois de muitos grifos em livros meus antigos, preparei um sanduíche iche e pus no DVD David Gilmour in Concert.
Estou aqui na web, escrevendo.
Bucólico, não ?
Também acho.
Mas, tive um lindo momento hoje, na minha solidão.
Ao chegar em casa do almoço, algo aconteceu comigo e que nunca saberei descrever com palavras. Porém, obedeci a mim mesma e sentei-me nas minhas cadeiras preferidas no terraço: as cinquentenárias cadeiras de ferro de minha avó e contemplei longamente a torrencial chuva que caía...
Muitas pessoas vieram à minha mente, muitas situações, histórias do passado, sentimentos vivenciados e hoje já superados (será?) e a chuva continuava caindo, lavando o chão, molhando a luz do poste, derrubando as folhas mortas que insistem em permanecer nas plantas de papoula e buganvíleas plantadas pelo meu avô. E assim, Eu, sentada naquela cadeira alcochoada e rodeada de meus felinos: um na cadeira do lado, outra em cima da mesa e outra ainda no chão aos meus pés.
Está constituída a família que mora nesta casa do Sossego.
E o que será?

Um comentário:

Anônimo disse...
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