domingo, março 30, 2008

Dúvidas me assolam a mente novamente...
Entrei no redemoinho dos questionamentos, dos excessivos exercícios de reflexão.
É preciso ?
Porque não apenas viver ?
Para mim não é tão simples assim.
Acordei daquela tranquilidade vazia que me preenchia e como o natural tornado me chegaram ao mesmo tempo todos os desejos contidos, fazeres não realizados, estruturas não construídas e sensação de areia movediça onde me afundo mais e mais num escuro buraco sem fundo.
Não é triste e nem deprimente.
É perigoso !
Imobiliza, me engessa, me cega e atrofia o meu cérebro tirando a razão da minha consciência e a responsabilidade dos meus dias.
Pesa sobre mim o não futuro que almejo e já acho que não tenho mais.
Lapsos de positividade, às vezes, me vem. Mas, são apenas lapsos.
Não deveria, mas, penso: o mundo e as pessoas estão caminhando e eu ?
Estagnada numa falsa segurança de nada.
Ela é tão falsa quanto uma nota de 30 dólares, mesmo assim, prende-me em suas teias grudentas e me faz fugir através de um eterno sono de dez ou doze horas.
Me neutraliza através do não achar graça e da não identificação com coisa alguma.
Meu estômago não quer mais comer, controce-se de dor pela necessidade fisiológica da pulsão de vida, mas o meu cérebro diz: enjoe-se ! e ele obedece.
Meus nervos e todas as suas sinapses estão em silenciosa guerra e eu com eles, pois não cedo aos pedidos de drogas ansiolíticas ou tranquilizantes. Não. Seria o fim de mim.
Emoções que povoam todos os meus aspectos estão desordenadas. Sorrio, converso e no fim de tudo, volto ao turbilhão que é o mundo interno, com todas as preocupações, dúvidas, medos, angústias e vontades não concretizadas.
Sinto solidão.
Pudera.

Um comentário:

Anônimo disse...
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