domingo, março 18, 2007

Nada como amigos e cultura !


Ainda vou ter a inspiração perfeita para falar sobre os amigos e não ter que recorrer aos grandes pensadores ou poetas para qualificá-los como simplismente imprescindíveis na vida de qualquer ser humano.

Já cansei de expor aqui a fase difícil que por hora passo em quase todos os aspectos da minha vida. Levando-se em consideração que tais aspectos estão dentro do tripé: trabalho, amor e família, não necessariamente nesta ordem de importância.
Na verdade, tudo está um pouco turvo e estou enfrentando sérias dificuldades que me deixam deveras triste, deprimida mesmo. Muitos devem espantar-se: - Como pode uma psicóloga ficar deprimida ? triste ? não conseguir enfrentar os próprios problemas ?
Não se trata de "casa de ferreiro, espeto de pau".
Trata-se, antes de mais nada, de um ser humano como qualquer outro e talvez, pelo fato de compreender um pouco mais o comportamento humano, seja essa sabedoria, pior nestes momentos.
Depois de um verdadeiro "retiro" de três dias em meu próprio "mosteiro", pedi socorro a um amigo e de pronto ele veio.
Pra vocês verem, viajou 600 km para me acudir.
No final de semana convenceu-me de que eu não era uma freira carmelita e que por isso não precisava estar nesse retiro por tanto tempo. Me levou a sair e respirar o ar do mundo.

Primeira parada: Festival de Orquídeas, no Orquidário de Recife ! Lindas cada uma mais bela que a outra.
Depois, momento fútil: Shopping Plaza, um café no São Brás e rumo ao lado cultural do sábado: cineminha.
Assistimos "A Rainha", filme muito bom por sinal. Paramos para discutir a história da monarquia e as opinões sobre o desempenho do Tony Blair num jantar no Matita - Perê. A Rainha é realmente uma mulher de fibra.
No Domingo, como se era de prever, não dormi absolutamente nada e resolvi levantar da cama antes do meio-dia, coisa rara nos últimos dias.
Ele chegou e fomos almoçar. Após o almoço e uma rechonchuda cartola do Parraxaxá, fomos ao Instituto Ricardo Brennand, na Várzea.
É simplismente fantástico. Ainda não conhecia o Castelo das Armas, apenas a Pinacoteca. Você realmente entra nos séculos XVII e XVIII e se vê às voltas com aquelas armaduras, armas frias as mais variadas, quadros belíssimos, tapeçarias, esculturas, até cintos de castidade do século XVII !!! horríveis!!!
Depois, fomos à Pinacoteca apreciar as obras de Albert Eckhout e Franz Post, além da pequena apresentação sobre os bonecos de cera num cenário do julgamento de Nicolau Fouquet, Ministro das Finanças do Rei Luís XIV da França em 1653.
Óbvio e ululante que tirei algumas fotos onde fora permitido, tomei um café no Castelo de Brennand e agora estou aqui, contando a história.

Depois de tudo o que venho passando... foram dois dias extraordinários.
Mais tarde, ao deitar-me conversarei com meus anjos, para que me ajudem a manter o bom pensamento e conforto das coisas inevitáveis para que possa me manter bem durante a semana, espantar todas as lembranças que possam me deixar deprimida e seguir em frente sem precisar de comprimidos de neosaldina + rivotril.
Mais uma vez amigo, você é um anjo da guarda em minha vida aqui na terra.

Obrigada !

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