segunda-feira, junho 04, 2007

...parei para pensar ...
Ultimamente tenho parado para avaliar uma série de coisas em minha vida, mas neste momento não chego a um denominador comum.
Ainda não tive a ousadia de me enfrentar e de me buscar.
Talvez de descobrir-me e começar novamente a andar com os pés fincados no chão.
A ter a coragem que me parecia inata e a vontade de desbravar.
O momento Balzaquiano pode ter colaborado para o freio. As decepções sofridas também e mais que tudo as lutas travadas em busca de coisas, pessoas e situações que não existem mais.
Mas, o que posso querer da vida senão o movimento ?
Estou estranhamente apegada ao descompasso, ao estagnado, ao "parado". Não posso.
Dentro de mim um conflito que muitas vezes me traz as dúvidas existenciais do ser ou não ser, eis a questão!
O quê ? aos 30 ?
Sim, aos 30.
Não interessa em que década esteja. Interessa é que estou de certa forma incomodada comigo mesma e ao mesmo tempo esse incômodo ainda não me fez levantar da cadeira e procurar uma poltrona mais macia.
As pressões cotidianas ao invés de me mobilizarem para frente me retraem. Medos e inseguranças pairam sobre minha cabeça como pequenas nuvens. Dúvidas, incertezas e pouca coragem.
Dizem que se escrevo tudo o que penso e se penso coisas de certa forma negativas, é o que minha energia está canalizando, é o que vai acontecer. Pode ser, não duvido, porém não posso ser uma palhaça de mim mesma e fingir que o negro não está dentro de mim.
Ele paira, não todo preto, mas escuro, mais do que gostaria que fosse.
Vou e volto em atitudes, decisões e opções as quais em alguns momentos desejo livrar-me.
Apego-me a... como chamar... situações, escolhas com poucas chances de futuro.
Mas, o que é o futuro ?
E estou Eu aqui de novo, sem a caveira, mas com o questionamento: "Ser ou não ser, eis a questão".

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