sábado, novembro 15, 2008

Ontem saí com uma amiga que acabou de chegar dos Estados Unidos, depois de uma curta temporada de seis meses.
Cheguei no Paço, jantei meu Spoleto e fui encontrar-me com ela na Livraria Cultura. Acabamos no Café São Braz. Conversamos sobre tudo, principalmente o período em que esteve fora e tudo o que passou.
Fiquei pensando... poxa, como sou tacanha.
Passiei com ela pelas ruas da ilha para lhe mostrar as novidades por aqui naquele pedaço. Acabei levando-a ao Burburinho, onde encontramos alguns frequentadores assíduos e conversamos um pouco.
Muito raramente ou quase nunca sento-me na calçada daquele bar. Ontem foi meio que bizarro pra mim. Em frente ao bar estava acontecendo uma festa com rock pauleira. Figuras muito caricatas à minha frente e um barulho intenso.
Ontem nesse meio aturdido de pessoas diferentes e rock no último volume, tomei uma da decisões importantes ao ter certeza de coisas as quais já pressentia desde o dia anterior.
Parece muito engraçado essa coisa de intuição quando somos próximos de alguém e o mais impressionante ainda é quando sem você mecher uma palha, as coisas chegam até você. Mas parece um aviso: não se iluda mais, tire a sua venda dos olhos e enxergue !
Minha amiga foi embora e eu forcei um pouco a minha barra e fiquei mais um tempo, mas as pessoas que estavam ao meu lado, apesar de serem muito simpáticas comigo, cordiais, me incluiram no meio... eram por demais pesadas. Não estou acostumada com tanta escuridão.
Enquanto eles foram no carro eu saí pelo outro lado e vim pra minha casa dar cabo da minha decisão.
Sentei-me aqui à frente do meu computador, respirei fundo, pensei bastante e resolvi não guardar absolutamente nada dos meus sentimentos.
Ferida, machucada e magoada, pus pra fora todas as minhas dores e jamais me arrependo disso. E agora haverão mudanças e torço para que sejam para melhor.
Existem coisas pelas quais devemos passar, literais provações, escolhas erradas que devemos tentar reconhecer e mudar os caminhos. Dói, mas passa.

Um comentário:

luis lourenço disse...

o mais difícil é romper a inércia cistalizada nos hábitos comodistas...mas esse é o verdadeiro teste para a nossa força...Up...

abraço poético