sábado, setembro 08, 2007

Deus me deu.


Obrigado !
Esta palavra diz a imensidão de prazer que sinto agora.
Hoje, acordei por volta de onze da manhã ao som da voz da minha amada mãe:
"- Minha filha, venha tomar café para se alimentar...
Eu obedeci, sem mais delongas.
Levantei-me com muito frio, pois a chuva caía sem parar e o vento estava congelante.
Dei bom dia à minha companheira de cama - Maria Tucha de Aragão Ferreira - e fui por uma roupa para ir tomar aquele cafezinho esperto da Inha.
Depois, voltei pra casa, cocei o "cocuruto" e pensei: O que vou fazer agora?
Faxina? Currículos? Ler? Brincar de Tucha? Navegar na internet? Ver TV ?
Escutar o Cd que ganhei de Marcita?
Ver os dvd's que o Cara de Bunda copiou pra mim ?

Nada disso !

Voltei para os braços de Morpheu. Embrulhei-me novamente nos lençóis, me agarrei com a minha felpuda gata Tucha e fui dormir de novo.
Por volta das duas da tarde, Marcita me liga e pomos o pé na rua.
Primeira parada: Raval !
Minha nossa senhora da boa comida !!!! O que foi essa tarde de "tapas" ?
Para os desavisados de plantão o Raval é um aconchegante restaurante de comida espanhola.
Passamos a tarde numa espécie de "rodízio" de entradas, simplismente magnífico !
Não vou saber dizer aqui os nomes de todas as tapas que degustamos e que o Carlos, garçon da casa, nos explicou tão gentilmente, além de nos desafiar a descobrir temperos e sabores... fantástico!
Bem, mas posso aqui, perder toda a modéstia e dizer pelo menos as bases das tapas que saboreamos, Eu e Marcita, conversando sobre assuntos diversos e bebendo, entre Bloddy Mary's e kaiser gold.
O primeiro foi um queijo parmesão com mel e pimenta. Supimpa !
Depois chegou a sardela com torradas, depois mariscos com pimenta e queijo gratinado.
Cubos de filé ao molho de pimenta, uma espécie de brochetta com uma pasta de espinafre e queijo, carne de poco com geléia de damasco, uns mini-crepes de espinafre e o mais gostoso de todos: camarão cozido no alho -poró e limão com caviar. Indescritível !
Ah !!! teve também o creme verde com alho-poró e caviar.
Marcita, minha amiga, corrija-me os erros e os esquecimentos.
Além da gastronomia simplismente deliciosa, o ambiente é aconchegante, o dono é um gentleman, os garços e o Chef outros simpatias de pessoas.
Encontrei, inclusive, um bar man que me reconheceu e fiquei feliz com isso. Conversamos um pouquinho e relembramos os tempos dos bares de então como a Soparia de Roger no Pina e o Burburinho.
Glauber, meu querido, você está irreconhecível sem os seus cabelos de Sansão !
Saímos de lá e nos pusemos em direção a Olinda, cidade linda !
Subimos a Sé e fomos assistir ao João Donato e o Paulo Moura no Seminário.
Minha nossa !!!! muitas emoções...
Além da música maravilhosa, o lugar me trouxe à lembrança o meu Avô Prof. Aragão. Ele morou por oito longos anos no Seminário de Olinda, onde estudou para ser Padre.
Acho que aquela vista da cidade de Olinda e Recife o som das ocarinas que tocava o conveceram a casar-se com a minha Avó Maria Juliana, índia de Pernambuco.
E aqui estou Eu, na casa dele pra contar essa história.
Fechei os olhos e imaginei meu avô naquelas sacadas com a ocarina à boca, tocando valsinhas e melodias simples, religiosas e imaginando: não nasci para o sacerdócio !
A chuva nos fez movimentar as pernas e ao fim da apresentação descemos a ladeira, Eu, descalça, morrendo de medo de levar uma queda no limo dos seculares paralepípedos, andando depressa com a chuva forte e o vento batendo. As duas debaixo de um humilde parapeito de igreja na Sé ao sabor do vento da chuva. Merecíamos uma foto !!!!!
Isto nos levou à Licoteria Notívagos do Seu Fernando. Simpatia de pessoa. Antiga casa do Chet Baker e Charlie Parker, pedí um licor de leite, depois um de jaboticaba pra esquentar e secar. Conheci a história dos licores da família de Seu Fernando. Papo bom demais.
Bateu a moleza, olhamos uma para a cara da outra e: bora imbora?
Bora. E fui !

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