domingo, julho 15, 2012

Chove.
Agora tenho tempo de escrever.
Acabo de chegar da rua. Não senti falta de ficar por lá.
A grande maioria das pessoas quando estão como Eu, com alguma parte triste, vagueia pelas ruas à procura de algo que nunca vão encontrar, pois já se perdeu.
Volto para o meu lar, meu refúgio, sujo e maltratado pelo tempo.
Não tenho vontade de muita coisa, mesmo que haja muito a fazer.
Sinto falta. Natural.
Acostuma-se com as ausências quando elas são inexoravelmente definitivas.
Desejo que outras coisas/pessoas preencham o vazio logo.
Aqui do meu gabinete cheio de antigos livros, penso e muito na vida. Na minha vida que em alguns momentos do dia parece sem sentido e me pergunto existencialmente o que vim fazer aqui.
Claro que tudo na vida e todos têm uma missão, um compromisso, uma tarefa.
Não sei se simplesmente quero saber demais e por isso não vivo a vida como ela deve ser vivida ou se não me submeto às coisas a que devo me submeter.
Mas, se é isto o que ocorre, porque me deram a chance de ser inteligente e encontrar os livros em meu caminho ?
Esquisito isto: comportamento modernista num coração do século XIX.
Estiou. Está frio para os meus pés, mas não para o meu coração. Uma taça de vinho?
Talvez. Um filme? quem sabe?
Mas, na verdade, tudo o que eu quero é um amor verdadeiro.

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