domingo, junho 19, 2011

Minhas coisas da rua...

São 3:15h da manhã e logo mais, por volta das 8 ou 9 horas a faxineira vai chegar para deixar a minha casa limpa.
Hoje já é domingo e eu cheguei a pouco do Bar Central.
Tô meio ambígua: um misto de bem e mal. Sem comentários.
O que importa é que eu estou viva. 
Acordei tarde, depois de algumas horas bem dormidas e com fome. Esperei o almoço sair e na minha solidão, fui cuidando de pequenas coisas da casa.
Meu mundo precisa girar mais em torno de mim mesma, diferente de solidão, se é que alguém me entende. Talvez minha analista.
Detesto ser um saco sufocante !
Detesto ser cobradora !
Detesto ser vítima das situações ou a coitadinha, típica da novela mexicana.
Quero ser dona de mim, mas não sozinha. wathever !!
Fui ao Bar Central de todos nós e lá tomei apenas duas doses de uísque, suficiente para me deixar tonta...
Estou mesmo muito sensível. Apenas duas doses ...
Aproveitei as saídas para banheiro e fumo do meu namorado e escrevi um monte de asneiras num guardanapo.
Nunca mais tinha escrito coisas existenciais. Daquelas que todo mundo gosta e se identifica e depois vem me dizer: "poxa Andréa, você escreve tão bem..."
Não tenho certeza se vou "copiar" aqui aquele guardanapo. Sempre que copio, recrio. Falsifico minhas próprias opiniões. Cruzes !!! 
Cheguei em casa, tirei o vestido que apertava meus contornos e pus o meu baby doll de adolescente, com cara de gatinho na frente e short curto. 
Vim aqui escrever essas coisas que sinto.
Especificamente hoje, me sinto uma mulher castradora. Daquelas que cortam o barato de qualquer cristão. Quase uma fraulein. Mas, também, por outro lado, entretanto, contudo, todavia, sou uma mulher do c... (piiiiiiiiiiiiiiii!!!!).
Aguento muito, tenho muita paciência. Paciência de verdade.
E assim, vou levando, como dizia a música que Elis cantava.
Falar em Elis, gente morta, veio à baila a pessoa de Audro Lages. Outro cara que me fez aprender a ter paciência. Putz !!! aprendi a ter uma porrada de cosias com ele. E de repente, esta semana, só porque João Gilberto fez 80, ele ressurgiu das cinzas, quase igual a um fênix. A guitarra dele está aqui, debaixo dos meus olhos e me lembro dele tocando no Maria Bonita com ela.
Enfim... energias, energias ...
Chega de lua e de chuva... vivo o meu presente, aqui na terra, bem na carne viva.

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