segunda-feira, abril 07, 2008

Tempo


Tudo tem um tempo

Tempo de nascer, crescer, viver, fazer parte e depois ... morrer.
Todas as coisas na vida são ou estão de passagem.
As pessoas, as coisas, as estações.
Evolução, quase sinônimo de tempo.
Involução também.
Usamos o tempo para contar os dias, os fatos importantes de nossa existência.
Nascimentos, mortes, separações, reconciliações, aniversários, bodas, aposentadorias, jubileus.
Usamos o tempo para nos lembrar das coisas boas e ruins que passaram e também para planejar o futuro.
Ferramenta muito útil, o tempo.
Tem gente que não gosta.
Pra quê contar o tempo ou prestar atenção a ele se ele é implacável em nos mostrar a nossa decrépita evolução para a velhice?
E assim, as clínicas estéticas e consultórios de cirurgiões plásticos que evoluíram com "o tempo" e a tecnologia estão abarrotadas de pessoas que lutam contra as marcas que o tempo insiste em deixar nos seus rostos, através de rugas e papadas e engilhamentos de pele.
Tem gente que não gosta de contar o tempo porque é feliz e morre de medo de perder a felicidade e tem aqueles ainda que simplismente deixam o tempo fazer o seu trabalho de passagem.
Quais serão os mais sábios?
O tempo, muitas vezes, é traiçoeiro.
Esconde o jogo, manipula a situação ao seu bem querer.
Bem querer ...
As pessoas se perdem no espaço atemporal do tempo.
E depois se enontram, mas...
Não têem mais tempo.
E usam o tempo pra não perder mais tempo e recuperar o tempo perdido ou viver no novo tempo o que não foi possível no tempo passado.
Passado...
Presente...
Futuro...
Todos os dias vivemos passado, presente e futuro.
Ao revermos pessoas, relembramos outroras. Nos remetemos à histórias antigas e visualizamos nos olhos de nossa mente brilhante, as cenas vividas, algumas nem deste tempo.
Ao acordarmos todos os dias fazemos as tarefas que nos movem e nos tornam parte da sociedade, como sair para o trabalho, fazer o supermercado, buscar os filhos na escola, pagar as contas no banco, dispensar a empregada, jantar assistindo ao noticiário com as últimas do dia.
Ao pararmos uns instantes pra pensar na vida, planejamos a concretização dos desejos: trocar de carro, comprar aquela roupa cara da boutique do shopping, encontrar a metade da laranja, casar e fazer filhos, comprar um AP, viajar ao exterior, tantas coisas...
O tempo...
É madrugada, o tempo está correndo através dos minutos, das horas.
Estava no terraço, nas minhas cadeiras de ferro cinquentenárias, no escuro, olhando a rua, as papoulas do meu jardim e arrodeada de meus felinos, todos muito próximos de mim, fazendo-me companhia, uns na mesa de centro, outros nas cadeiras vagas...
Do meu terraço escuro na madrugada, entre raios e trovões do mau tempo, ouço a música que pus para tocar no meu "note"... um mp3 ao vivo e comecei a usar o tempo para pensar, lembrar, talvez planejar...
E resolvi escrever.
Escrever que dalí do meu terraço passaram pelos meus olhos a vida:
No passado,
No presente e
no talvez futuro.

Um comentário:

Anônimo disse...

a infância alviçareira proclamar-te vem Maria, e o pendão desta fileira que aos céus levarás um dia; nos recebe, mãe querida todo nosso coração, todo amor flores e vida do Ateneu Santo Antâo