segunda-feira, maio 30, 2011

Os dias

O tempo tem passado com uma rapidez absurda.
Às vezes nem tanto.
Se tudo fosse acontecer como a gente quer, talvez a vida fosse um tédio. Muita gente diz isso. E eu, pra variar, discordo.
E concordo com um autor do qual agora me esqueço o nome, quando ele diz que a gente vive a vida amealhando dinheiro, trabalhando para gozar a vida, mas o tempo passa e a gente morre e não goza a vida.
Então, eu queria mesmo era que tudo fosse como eu quero que seja.
Mas, se prestei bem atenção na última frase que escrevi agora, tudo é tão entranhado no subconsciente, que eu escrevi "eu queria" e não "eu quero". Pra vocês verem como a gente acha que as cosias são impossíveis antes mesmo delas chegarem ao nosso consciente.
Eu deveria ter posto todos os verbos no presente do indicativo: "Eu quero mesmo que tudo seja como eu quero que seja."
Mas...
Neste mesmo livro, que peguei aleatoriamente, numa estante velha e empoeirada de uma casa suja e empoeirada, porém bonita, de um homem que já não está mais aqui, li que não devemos encarar a morte como um fim, mas como um meio. Interessante esta ideia. E que quando estamos no passamento de um estado de vida para o outro de morte, passa pela nossa mente, toda a nossa vida e o que fizemos dela.
E aí me lembrei do rosto de Lula Cortes. Deduzi: É por isto que ele foi embora feliz e satisfeito! é isso aí.
Mas, para mim que ainda estou aqui e acho que vou ficar mais um bom tempo, tenho que aguentar um monte de coisas que eu quero que não sejam imediatamente. Putz !!!
Sabe, as neuras tem de andar em paralelo com a análise. Assim é melhor de cuidar da minha mente. Esse povo que, como dizia o meu pai: "é igual a camarão, só tem merda na cabeça", insiste em me contrariar. Não posso dedicar meus dias de terapia unica e exclusivamente a este povinho que me irrita. Não tenho culpa se são frustrados e infelizes e falam um monte de asneiras quando estão bêbados. Meu ouvido não é penico e o pior, não tenho o direito de por pra fora, porque aí sou taxada de "complicada". É pra lascar.
Fico, muitas vezes, "ob observando" as pessoas. Estou aprendendo um monte de coisas interessantes. será que escreverei um livro ?
E quem vai ler?

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