terça-feira, junho 10, 2014

E, partiu.

Me abalo por qualquer coisa,
Pela morte de qualquer pessoa.
Pela perda.
Não mais aquela alegria, aquele sarcasmo, aquele sorriso ou aquele mau humor.
Não mais vida junto com a matéria.
Perda.
Não mais partner.
Sem conversa ou deleite.
Sem mais amor.
Sem.
E aí... só lembranças.
Momento difícil, o de deixar ir.
Desapego.
Falta.
Menos um.
E os que ficaram?
tornam-se mais importantes?
Valiosos.
E a pergunta:
Quem será o próximo a ir tão cedo e sem avisar?
Sem combinar nada...
Poxa.
Falta de consideração.
Fica o inacabado, o que faltou falar, gritar, brigar, rir, chorar.
Faltou dizer aquela última palavra mortal.
Mortal, definitiva, aterrorizantemente magoante como o punhal no peito.
Não.
Não foi isso o que quis dizer.
Quis dizer que nem sempre tudo pode acontecer.
Às vezes nada.
Que a vida tenta e se encarrega de preencher.

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