Reflexão

Hoje estou me expondo muito aqui.

Mas, sem medo. Sou gente, pessoa, ser humano e como todos, passível de falhas e de acertos também.

Ultimamente tenho refletido...

Como anda a minha vida e o que tenho feito dela desde a última grande mudança que foi a minha separação há dois anos atrás?

Conquistei algumas coisas, não todas que gostaria.

Descobri uma coisa muito importante:

A liberdade que se busca muita vezes não está presa a situações exteriores. A prisão sentida é na sua maioria das vezes, os grilhões da própria mente e coração.

Como sempre disse desde então, não me arrependo de ter-me separado. Foi a melhor das decisões, visto que éramos dois infelizes juntos.

Hoje somos dois felizes amigos, onde podemos contar uma com o outro na grande maioria das vezes. Ele, posso considerar como um verdadeiro amigo: não um pai ou um ex-marido ou um irmão. Um amigo mesmo.

Busquei depois de minha grande mudança, outros ambientes e reencontrei pessoas e lugares. Revesti-me de um passado e fui curtir um retrô através de conhecidos com os quais não convivia há muito tempo. Acerto ou erro ?

Arrumei um emprego que me pôs no mercado de Recife novamente e quer queira quer não, seja mentira ou verdade, tenho um certo nome em RH aqui em Recife.

Gosto do meu trabalho, principalmente quando ele está 100% em minhas mãos e eu não dependo muito de regras e chefias, mas nos últimos tempos tenho mudado e me adaptado às regras e normas da empresa onde atuo e tenho gostado do meu desempenho. Espero Eu que a recíproca seja verdadeira.

Mas, vim aqui pra falar de mim em outro contexto.

Na verdade, meus pensamentos andam muito focados na minha solidão. Ando refletindo e estou na maioria das vezes sozinha. Até quando era casada, nos últimos anos fiquei muito sozinha.

É uma solidão acompanhada de pessoas, familiares, colegas de trabalho, gente da rua, dos bares, mas, sinto que não agrego nada, não vinculo.

Cada vez mais penso que sou só um instrumento, um meio, um utilitário par alguém chegar a algum lugar ou conseguir alguma coisa, enfim...

Não falo aqui como uma vítima da solidão, mas como uma escolhida por ela.

É lógico que acho ruim e sei que todos nós de uma maneira ou de outra somos instrumentos para e de alguma coisa.

Mas, mas, mas...

Ando meio cansada dessa solidão, sabe? Quero gente de verdade ao meu lado em todos os sentidos e aspectos.

Ao mesmo tempo que penso isso, também penso que eu busquei isso de alguma maneira. Talvez...

Mas, quero que o universo saiba que não é isso que quero.

Ando me decepcionando com as pessoas muito frequentemente.

Às vezes acho que é uma falha minha e que exijo demais dos outros, mas depois páro para pensar um pouco e me escuto: Pôxa, exigem muito de mim também.

Tenho de ser tanta coisa... rápida, criativa, descolada, inteligente, forte, paciente, tolerante, diplomática, política, simpática, culta, educada, simples, humilde e tantas outras coisas.

Ultimamente, eu tenho sido rápida, simpática, paciente, tolerante, culta, inteligente e também impaciente, chata, crítica, grossa, rude, mal educada, respondona. Será que é de graça ? É não! afirmo categoricamente !

Sabe porque?

Porque estou me sentindo sugada.

Tenho muitos "deveres" e poucos direitos.

Não gosto de falsidade, de mentira, de fingimento.

Será que estou ficando mal amada?

Aquelas mulheres chatas que encrencam com tudo ?

Não busco isso não. Mas busco relações mais saudáveis nas amizades, na família, no trabalho e no amor quando este chegar de novo.

Onde exista honestidade e sinceridade. Me parece tão simples isso e as pessoas não percebem.

Sou uma criatura com mil e um defeitos, não sou santa e nem diaba.

Cometo erros e dos grandes e se é egoísmo da minha parte, então ...

Terei de casar com a solidão.