Mudo mas, não mudo muito.
"A inspiração vem de onde?
Talvez de Londres,
De avião, barco ou bonde
Das entrelinhas de um livro
Da morte de um ser vivo
Das veias de um coração
Vem de um gesto preciso
Vem de um amor, vem do riso
Vem por alguma razão
Vem pelo sim, pelo não
Vem pelo mar gaivota
Vem pelos bichos da mata
Vem lá do céu, vem do chão
Vem da medida exata
Vem do Azerbaijão
Vem pela transpiração
Vem da tristeza alegria
Do canto da cotovia
Vem do luar do sertão
Vem de uma noite fria
Vem olha só quem diria
Vem pelo raio e trovão."
As coisas ainda me cercam de maneira estranha.
Escrevo este texto como se.
Como se um outro em mim estivesse aqui,
pairando sobre o meu teto frágil de sensibilidade.
Desconfio, mas com alguma crença.
Aprendi a não confiar nas pessoas.
Ruim.
Muito leviano para com os honestos.
Mas, eles também mentem, mesmo.
Frio.
Sinto o frio que teima em tentar cortar a minha pele e
penetrar em meus ossos finos de mulher magra.
Sou frágil como um varete verde.
Sou forte como um ariete pontiagudo.
Sei ferir, mas também sou machucada.
Imagens.
Vêem a minha cabeça, assim, desconhecidas.
Será?
Rostos incógnitos pelas névoas.
Rostos seculares, assustados, mas perto da morte que da vida.
Sensações, prelúdios.
Talvez nada mais que auto-sugestão.
Não.
Senão não estaria aqui escrevendo a quase quatro mãos.
É a minha sensação.
Ou será apenas a inspiração?
Escrevo este texto como se.
Como se um outro em mim estivesse aqui,
pairando sobre o meu teto frágil de sensibilidade.
Desconfio, mas com alguma crença.
Aprendi a não confiar nas pessoas.
Ruim.
Muito leviano para com os honestos.
Mas, eles também mentem, mesmo.
Frio.
Sinto o frio que teima em tentar cortar a minha pele e
penetrar em meus ossos finos de mulher magra.
Sou frágil como um varete verde.
Sou forte como um ariete pontiagudo.
Sei ferir, mas também sou machucada.
Imagens.
Vêem a minha cabeça, assim, desconhecidas.
Será?
Rostos incógnitos pelas névoas.
Rostos seculares, assustados, mas perto da morte que da vida.
Sensações, prelúdios.
Talvez nada mais que auto-sugestão.
Não.
Senão não estaria aqui escrevendo a quase quatro mãos.
É a minha sensação.
Ou será apenas a inspiração?
Andréa Aragão
"A inspiração vem de onde?
Talvez de Londres,
De avião, barco ou bonde
Das entrelinhas de um livro
Da morte de um ser vivo
Das veias de um coração
Vem de um gesto preciso
Vem de um amor, vem do riso
Vem por alguma razão
Vem pelo sim, pelo não
Vem pelo mar gaivota
Vem pelos bichos da mata
Vem lá do céu, vem do chão
Vem da medida exata
Vem do Azerbaijão
Vem pela transpiração
Vem da tristeza alegria
Do canto da cotovia
Vem do luar do sertão
Vem de uma noite fria
Vem olha só quem diria
Vem pelo raio e trovão."
Alzira Espíndola/Itamar Assumpção
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