terça-feira, outubro 28, 2008

sábado, outubro 25, 2008

Vida, Minha Vida, olha o que é que eu fiz ...

Não posso reclamar.
Tenho em mim tudo o que mereço.
Todos os carmas e darmas.
Escolhi consciente ou não todos os próximos.
E tenho plena clareza das minhas escolhas.
Sendo assim, me cobro por não poedr chorar as minhas tristezas.
Mas, elas existem e mesmo contra a minha razão, me fazem chorar.
Um conjunto de coisas, de destinos, de pessoas, de situações, de escolhas e de comodismos.
Tudo está ao meu poder de escolha e atitude.
Meus desejos mais íntimos não condizem com metade da minha realidade.
MAs, minha vida é muito boa perto de tantos milhões que não tem metade.
Como posso reclamar ? me queixar?
Não posso. É, no mínimo, uma injustiça.
Tenho eu que arcar com minhas escolhas, assumir as resposnabilidades e seguir em frene se quiser mudar algo.
TEnho de ter coragem, perder os medos.
Ai, Andréa...

quinta-feira, outubro 23, 2008

Rio das Ilusões

[a uma amiga que está muito triste]
*
No teu corpo que não toquei
distante por não poder tocar
correm os rios de espuma
que ainda não se desfizeram no mar;
*
E na tua alma onde não entrei
pela beleza de não querer entrar
bailam jactos de prazeres e risos
que só o tempo vai libertar;
*
Mas na névoa em que os encobres
deixas os nós das estrelas
e os elos enigmáticos de desejos
sob o véu de delícias em noites insones
*
E no rio da ilusão que te devora
como sublime ardente e trágico,
em noite de abruptas desmedidas,
caiem as folhas amarelecidas
e a nostalgia, véu do frenesim solitário,
nas brumas da uma ninfa de Outono,
errante mas sonata na Primavera!...
Luis Lourenço

terça-feira, outubro 21, 2008

Filhos ...

Se não tê-los
Como sabê-los ?

Ensaiando para o futuro papel de mãe.
Essa é Yasmim, minha sobrinha.

Tô assim


Capturei de um comentário em blog alheio, mas é isso !

Sim, a Vida é um ponto de partida e de chegada.
Um cais, um breve intervalo entre o Céu e a Terra...
Simples passagem...
Andamos tão esquecidos, pobres humanos sem rosto...
Maltrapilhos do Sentir.
E, passam Nomes por nós que nos dizem tanto e tatuam o Ser, acrescentando-lhe Sabor.
Já outros ...

Comportamento humano ... estranho ...

Nunca irei me acostumar.
Mesmo entendendo, respeitando, enfim... dando o desconto, não consigo me habituar à frieza e ao oportunismo das pessoas.
Me sinto ferida na minha pureza e ingenuidade.
É uma sensação muito desgradável a de que você vale pelo que tem e não pelo que é.
Fora a hipocrisia instalada.
Parece que ninguém tem espelho em casa, nao olha para o seu próprio rabo, para o seu próprio umbigo e o pior, não sabe que o mundo gira, é redondo. Hoje esnoba, amanhã pode precisar pedir penico !
Mas ...
Por outro lado é bom para eu aprender a enxergar que, infelizmente, não posso confiar tanto assim e que, o que as pessoas demonstram ser, na verdade não. São sim mais parecidas com umas roupas que vestem e junto com elas se vestem de uma personalidade e caráter que na verdade não tem.
Fico triste, dói meu estômago, minha cabeça, meus ouvidos e fere a minha vista. É uma energia muito negativa que paira sobre esses seres. Incomoda.
Fere a minha vista por olhar para pessoas que na verdade não são.
E o que são ?
Acho que nem elas sabem, porque são tão "Maria vai com as outras"...
Que pena, é lamentável, pois se tratam de seres humanos, existenciais.
Mas, o mundo é para todos os tipos de existência.
O negócio é cada procurar a sua tribo.
Vou procura a minha.

domingo, outubro 19, 2008

sexta-feira, outubro 17, 2008

Quem não dá assistência
Abre concorrência
Perde a preferência e
sofre as consequências !!!!
Ditado das amigas "SL"
;-)

quarta-feira, outubro 15, 2008

"Só nos sonhos, na poesia ou nos jogos - acender uma vela e andar com ela pelo corredor -, é que por vezes nos aproximamos daquilo que fomos, antes de ser isto que não sabemos se somos."
Julio Cortázar

terça-feira, outubro 14, 2008

Longe de ti são ermos os caminhos
Longe de ti não há luar nem rosas
Longe de ti há noites silenciosas
Há dias sem calor, beirais sem ninhos
Meus olhos são dois velhos pobrezinhos
Perdidos pelas noites invernosas
Abertos sonham mãos cariciosas
Tuas mãos doces, plenas de carinhos
Os dias são outonos, choram, choram
Há crisântemos roxos que descoram
Há murmúrios dolentes de segredos
Invoco o nosso sonho, estendo os braços
E é ele, ó meu amor, pelos espaços
Fumo leve que foge entre meus dedos
E é ele, ó meu amor, pelos espaços
Fumo leve que foge entre meus dedos.

Fagner

Destinos

Apesar de termos o poder de escolher nossos caminhos, muitas vezes somos levados pela subjetividade das emoções, das paixões e nossas ações são movidas pela emoção dos que nos tocam fundo ao coração.
Nem sempre são as ações mais coerentes, muitas vezes são as situações mais impossíveis, mas mesmo com o livre arbítrio e a consciência da razão, nos envolvemos, pois apesar de tudo encontros tem de acontecer, pessoas têm de se cruzar no caminho da vida e o aprendizado nasce.
Nada acontece por acaso.

segunda-feira, outubro 13, 2008

Caminhos

O que nos leva.
Às vezes uma palavra nos aproxima, às vezes afasta.
Um gesto no redime, outros nos tornam tiranos, ditadores.
Um olhar nos comove
Um sorriso nos enche de alegria.

E o que falar das coisas comuns?
O que falar do que aproxima uns dos outros?
Só ganhos, digo de cadeira.

Nem sei que são, não sei exatamente o que pensam, nunca os olhei nos olhos ou percebí seus sorrisos.
A voz? esta muito menos.
Mas, mesmo que o oceano seja a distância,
Encontros sempre serão manjares dos deuses !

domingo, outubro 12, 2008

Vida

É sempre para ser vivida.
Intensamente.
Com dores e fulgores.
É sempre para ser refletida.
Justamente.
Com mente sem pudores.
É sempre para ser aprendida.
Diariamente.
Com a naturalidade dos ganhadores.
Vida ...
Sempre uma surpresa a ser vivida !


And live your life!

quinta-feira, outubro 09, 2008

Somos o mar e a corrente
a plantação e a semente
o ar e a liberdade premente
o fogo do amor puro, inocente;
*
Somos o labirinto trágico
e a medida do conflito
onde balança no Universo
tudo o que é belo e perverso!
*
Somos o navio e os faróis
as vagas e a aventura
a lentidão dos caracóis
e a leveza das gaivotas!
*
Somos os acordes e os ouvidos
a música e os gemidos
o eco dos mundos perdidos
na noite abissal dos conflitos!
*
Somos a liberdade incarnada
a vida nos riscos do nada
a aventura que é vertigem
na retirada e na chegada!
*
Somos o tudo e o nada
a vida no sim celebrada
e a afirmação renegada
da liberdade sagrada;
Somos o silêncio profundo
e a palavra metáfora sibilina
o paraíso dos sons
e esta música abismada
na mais perfeita surdina!...
Véu de Maya







Tem dias que a gente se sente
Como quem partiu ou morreu
A gente estancou de repente
Ou foi o mundo então que cresceu
A gente quer ter voz ativa
No nosso destino mandar
Mas eis que chega a roda viva
E carrega o destino prá lá ...

quarta-feira, outubro 08, 2008

terça-feira, outubro 07, 2008

Niver de Freud ou seria Breuer ou ainda Jorge Amado, ou Gilberto Freire? e que tal Arraes ? Ele é o rei dos sósias !!!!!!





O sábado foi de muitas emoções. A noitinha fomos prestigiar os aniversários de 1 ano de Geovana, filha de Aninha (minha prima) e os 74 anos de "Freud" ou "Breuer", como ele queira, Tio Aloísio, avô de Geovana.
Foi muito legal reunir um pedaço da família. Primos que não se viam há muito tempo e tios, entre docinhos, comifinhas e fotos. Se deixassem iríamos varar a madrugada à brisa do salão de festas, relembrando todos os fatos engraçados da vida em família. Boas gargalhadas !!!!

domingo, outubro 05, 2008

Grande Encontro !




Foi no último sábado, dia 04 de outubro, em que Xandinho conseguiu reunir amigos e companheiros de tocada que há muito não tocavam juntos. Músicos pernambucanos que fazem carreira na Europa e Estados Unidos, além dos que estão ainda na terrinha, como George, Luigi, Sérgio, João Eduardo, Pato, Ebel, Bráulio, Léo Saldanha ...
Foi uma noite de muita música tocada com arte e com sentimento de união de amigos de longa data.
Bom demais !!!!!

sábado, outubro 04, 2008

quinta-feira, outubro 02, 2008

Que a força do medo que tenho não me impeça de ver o que anseio
Que a morte de tudo em que acredito não me tape os ouvidos e a boca
Porque metade de mim é o que eu grito, mas a outra metade é silêncio.
Que a música que ouço ao longe seja linda ainda que tristeza
Que o homem que amo seja pra sempre amado mesmo que distante
Porque metade de mim é partida mas a outra metade é saudade.
Que as palavras que eu falo não sejam ouvidas como prece e nem repetidas com fervor
Apenas respeitadas como a única coisa que resta a um homem inundado de sentimentos
Porque metade de mim é o que ouço mas a outra metade é o que calo.
Que essa minha vontade de ir embora se transforme na calma e na paz que eu mereço
e que essa tensão que me corrói por dentro seja um dia recompensada
Porque metade de mim é o que penso mas a outra metade é um vulcão.
Que o medo da solidão se afaste e que o convívio comigo mesmo se torne ao menos suportável
Que o espelho reflita em meu rosto num doce sorriso que eu me lembro ter dado na infância
Porque metade de mim é a lembrança do que fui a outra metade não sei.
Que não seja preciso mais do que uma simples alegria pra me fazer aquietar o espírito
e que o teu silêncio me fale cada vez mais
Porque metade de mim é abrigo mas a outra metade é cansaço.
Que a arte nos aponte uma resposta mesmo que ela não saiba e que ninguém a tente complicar
Porque é preciso simplicidade pra fazê-la florescer
Porque metade de mim é platéia e a outra metade é canção.
E que a minha loucura seja perdoada
Porque metade de mim é amor e a outra metade também.

Metade
Oswaldo Montenegro

terça-feira, setembro 30, 2008

Estou aqui de passagem...

Eu não sou da sua rua
Eu não sou o seu vizinho
Eu moro muito longe, sozinho
Estou aqui de passagem
Eu não sou da sua rua
Eu não falo a sua língua
Minha vida é diferente da sua
Estou aqui de passagem
Esse mundo não é meu
Esse mundo não é seu

Tudo nublado. Não consigo mais enxergar...

O Sultão e a Rainha

Por que fizeste sultão de mim, alegre menina?
Palácio real lhe dei, um trono de pedraria
Sapato bordado a ouro, esmeraldas e rubis
Ametista para os dedos, vestidos de diamantes
Escravas para serví-la, um lugar no meu dossel
E a chamei de rainha, e a chamei de rainha
Por que fizeste sultão de mim, alegre menina?

Só desejava campina, colher as flores do mato
Só desejava um espelho de vidro prá se mirar
Só desejava do sol calor para bem viver
Só desejava o luar de prata prá repousar
Só desejava o amor dos homens prá bem amar
Só desejava o amor dos homens prá bem amar

No baile real levei-a, tu, alegre menina
Vestida de realeza, com princesas conversou
Com doutores praticou, dançou a dança faceira
Bebeu o vinho mais caro, mordeu fruta estrangeira
Entrou nos braços do rei, rainha mas verdadeira
Entrou nos braços do rei, rainha mas verdadeira

Alegre Menina
Djavan

domingo, setembro 28, 2008

Across The Universe

Estou em casa...
Fui dormir de manhã, não tive condições de ir ao almoço da Eunice.
Dormi até as 2:30h da tarde, quando me levantei com fome.
Silêncio total no viznho e na rua...
Pedi um chinês e acordei.
Água e comida para os felinos, água na cara para mim.
TV
Faustão! Tô fora !!!!!!!
DVD. Várias opções.
Across The Universe enquanto o China Dragon não bate à minha porta.
Lembranças da noite anterior...
Blackbird?
Me sinto lisonjeada !
Ela é mesmo muito bela. Espero Eu sejamos amigas e companheiras, acima de tudo.

sexta-feira, setembro 26, 2008


Era uma vez, há muitos séculos atrás vários reinos felizes onde a arte era a maior riqueza daquela região.
Os reinos eram todos amigos entre si e não haviam guerras, ao contrário, toda cultura produzida era compartilhada entre os povos.

Mas, como em todo reino, sempre existe o bobo da corte e o vilão.

O vilão de nossa história era um grande monstro branco chamado "Drog" e ele tinha um exército de mac's, alc's e cig's.

No geral os vilões fingiam conviver bem com os povoados e muitos até os reverenciavam, outros entretanto, não os suportavam e os discriminavam e outros ainda apenas sabiam de suas existências, mas não ligavam muito pr'aqueles insiginificantes. Era mais ou menos assim.

E assim os dias passavam, os anos e as pessoas íam e vinham entre os povoados.

Curioso...

As pessoas se misturavam e uns e outros circulavam entre os povos experimentando as culturas, o modo de vida, enfim.

Nesses povoados existiam reis e rainhas. E havia também o desejo desses em conquistar uns aos outros.

Foi o que se deu.

A conquista.

O reino da música se misturou com o reino da literatura. E durante algumas décadas uns vinham, outros íam...

O reino da música teve alguns reis que se apaixonaram pela mesma rainha da literatura e assim, conta-se muitas lendas.

Uma delas é que o rei da música queria propor um reinado em conjunto com o reino da literatura para todo o sempre, porém, não podia deixar de governar seu reino de origem... complicado...

A rainha nã aceitou, mas sofre, pois seria de todo muito bom, um rei para ajudar a governar seu povo. Ela teria mais inspiração e produziria mais riquezas.

Então fizeram um acordo: "Vamos trocar as nossas experiências e assim ganhamos um do outro o conhecimento, a arte e a amizade."

Apesar de ambos, no fundo quererem mais do que o proposto, o acordo foi razoável e assim os reinos da música e da literatura foram felizes para sempre.


Moral da história: O que está escrito, está escrito e de uma maneira ou de outra acontecerá.


FIM

segunda-feira, setembro 22, 2008


Daqui desse momento...
Era tudo o que eu queria sempre
E fiquei aqui ...
A super - mulher
Forte como uma leoa
Pronta pra atacar...
Olhem pra mim...
Onde está a fortaleza?

domingo, setembro 21, 2008


Daqui desse momento
Do meu olhar pra fora
O mundo é só miragem
A sombra do futuro
A sobra do passado
Assombram a paisagem
Quem vai virar o jogo
E transformar a perda
Em nossa recompensa
Quando eu olhar pro lado
Eu quero estar cercado
Só de quem me interessa
Às vezes é o instante
A tarde faz silêncio
O vento sopra a meu favor
Às vezes eu pressinto
E é como uma saudade
De um tempo que ainda não passou
Me traz o seu sossego
Atrasa o meu relógio
Acalma a minha pressa
Me dá sua palavra
Sussurra em meu ouvido
Só o que me interessa

A lógica do vento
O caos do pensamento
A paz na solidão
A órbita do tempo
A pausa do retrato
A voz da intuição
A curva do universo
A fórmula do acaso

O alcance da promessa
O salto do desejo
O agora e o infinito
Só o que me interessa.

Lenine/Dudu Falcão



sexta-feira, setembro 19, 2008


Onde você coloca o sal ?

O velho Mestre pediu a um jovem triste que colocasse uma mão cheia de sal em um copo d'água e bebesse.
- Qual é o gosto? - perguntou o Mestre.
- Ruim - disse o aprendiz.
O Mestre sorriu e pediu ao jovem que pegasse outra mão cheia de sal e levasse a um lago.
Os dois caminharam em silêncio e o jovem jogou o sal no lago.
Então o velho disse:
- Beba um pouco dessa água.
Enquanto a água corria do queixo do jovem, o Mestre perguntou:
- Qual é o gosto?- Bom! Disse o rapaz.
- Você sente o gosto do sal? Perguntou o Mestre.
- Não disse o jovem.
O Mestre então, sentou ao lado do jovem, pegou em suas mãos e disse:
- A dor na vida de uma pessoa não muda.
Mas o sabor da dor depende de onde a colocamos.
Quando você sentir dor, a única coisa que você deve fazer é aumentar o sentido de tudo o que está a sua volta.
É dar mais valor ao que você tem do que ao que você perdeu.
Em outras palavras:
É deixar de Ser copo para tornar-se um Lago.

Somos o que fazemos, mas somos principalmente o que fazemos para mudar o que somos.
Sexta-feira...
Hoje estou cansada.
A semana foi pesada. Muito trabalho, decisões tomadas, outros caminhos a trilhar...
A tensão é grande quando a responsabilidade de trabalhar para grandes corporações fica nas suas costas.
Cria-se grande expectativa sobre como você irá desempenhar o trabalho, se os candidatos escolhidos estarão à altura, se as dinâmicas surtirão efeito, se o cliente vai gostar de sua postura e acompanha seu desempenho perante 20, 30 pessoas... a gente faz isso no dia-a-dia e nem se dá conta de como estamos mechendo com o futuro desses indivíduos.
E aí, quando páro, quando o telefone pára de tocar, quando as filiais no país páram de me cobrar os resultados dos processos, quando eu "apago a luz" do meu Monitor Flatron...
Eu caio na minha real, aqui na minha casa suja de pelos de gatos, de poeira da semana que eu não tive a coragem de limpar por conta do cansaço dos dias de "Foco".
Entro aqui no meu quarto, troco a minha roupa e fico à vontade... como se não bastasse durante o dia, volto ao computador.
Meu Toshiba, ainda um pentium 4, note velhinho...
E começo a refletir sobre os dias passados, o trabalho, o dinheiro, as pessoas, os acontecimentos.
Os dias, hoje em dia, estão passando atônitos, rápidos, frios e sem sabor. Pelo menos pra mim.
Acordo cedo, tomo um banho com o meu sabonete esfoliante de mel e visto a minha calça da Período Fértil, pego carona no Pálio prata do meu irmão com a minha cunhada e seguimos diariamente o mesmo caminho pelo bairro do Recife, Cais José Estelita até Boa Viagem, onde, quando chego, vou à padaria que fica em frente ao meu trabalho e lá, sentada todos os dias à mesma mesa, peço o meu café da manhã que as garotas do atendimento já sabem e eu nem preciso pedir mais.
Atravesso a Av. e entro no luxuoso empresarial onde passo de segunda à sexta, todos os dias, numa sala com uma mesa e meu computador em frente a uma janela que me mostra pelo menos o céu azul e o dia lindo que estou perdendo.
Porém, ganhando. Ganhando para poder pagar meus luxos. Meu Paço, minha Cultura, minha Moeda, minhas roupas, minhas bebidas (essas estarão raras a partir de agora), enfim...
E assim, a minha humanidade.
E qual a responsabilidade das pessoas na vida das outras...
Muito grande !
Tem gente que se veste pra agradar o recrutador num processo seletivo. Tem gente que se comporta pra agradar o chefe na hora da promoção. Tem gente que vive em função do marido pra não perder o casamento. Tem gente que quase não dorme pra agradar o amante. Tem gente pra tudo !
Gente só pra amar, gente só pra ferir, gente só pra rir.
E Eu ?
Sou que tipo de gente ?

quinta-feira, setembro 18, 2008

Onde estará a Rainha?

Sabe, eu não faço fé nessa minha loucura
E digo
Eu não gosto de quem me arruina em pedaços
E Deus é quem sabe de ti
E eu não mereço um beijo partido
Hoje não passa de um dia perdido no tempo
E fico longe de tudo o que sei
Não se fala mais nisso, eu sei
Eu serei pra você o que não me importa saber
Hoje não passa de um vaso quebrado no peito
E grito
Olha o beijo partido
Onde estará a rainha que a lucidez escondeu?
Hoje não passa de um vaso quebrado no peito...


Dias sim, dias não ...

Destruição

Os amantes se amam cruelmente
e com se amarem tanto não se vêem.
Um se beija no outro, refletido.
Dois amantes que são?
Dois inimigos.
Amantes são meninos estragadospelo mimo de amar:
e não percebemquanto se pulverizam no enlaçar-se,
e como o que era mundo volve a nada.
Nada, ninguém.
Amor, puro fantasma que os passeia de leve,
assim a cobrase imprime na lembrança de seu trilho.
E eles quedam mordidos para sempre.
Deixaram de existir mas o existido continua a doer eternamente.

Carlos Drummond de Andrade

A importância das pessoas

As pessoas tem certa importância na vida dos outros.
Muitas vezes, usufrui-se das pessoas sem dar a devida importância e o valor que essas pessoas tem em nossas vidas.
E um se dá de todo e o outro só recebe e recebe e recebe e a troca não existe.
E o que dá fica com aquela cara de bobo e idiota, iludido... pensando que está lidando com alguém que realmente ENXERGA o outro.
Tudo isso é uma pena.
Pois as pessoas que dão demais, se cansam!

Ensaio sobre a Cegueira - Saramago e Meirelles

Cheguei do cinema.
Resolvi mudar meus hábitos radicalmente.
Saí do trabalho, dormi um pouco e fui pegar uma telona no Plaza.
Ensaio Sobre a Cegueira, livro do Saramago que virou filme nas mãos do Fernando Meirelles e abriu o Festival de Cannes deste ano.
Filme chocante.
Mostra a degradação humana quando nos transformamos em apenas instinto. Piores do que os animais irracionais.
Foi um filme pesado pra um meio de semana, mas não sabia que ía ser tão carregado.
Duas horas de pura aberração.
Me serviu de lição.
Mais caridade, menos egoísmo, mais amor ao próximo, menos consumo, consciência ecológica, menos ansiedade, mais razão para solução, menos imediatismo, mais coletivo, menos individualismo.
É isso !

terça-feira, setembro 16, 2008

Quando você estiver em Recife, espero que tenha a coragem suficiente para se mostrar e conversar comigo de verdade, ao invés de se esconder atrás de comentários virtuais.

segunda-feira, setembro 15, 2008

Quando as pessoas tem um interesse genuíno pelas outras, não se escondem atrás de comentários destrutivos e maldosos.
O interesse e o gostar genuínos, verdadeiros no sentimentos está livre de julgamentos.
Uma vez você me deu um nome falso e agora dá outro nome...
Não sei quem é você. Infelizmente não posso confiar no que você me diz e se tudo que diz tem real sentido de verdade quando diz que gosta de mim.
Eu nunca ofenderia ninguém a quem gosto, mesmo que esse alguém estivesse conduzindo a sua vida de uma maneira que EU achasse errada. Até porquê, ninguém é dono da verdade e a hipocrisia anda solta por todas as esquinas e em todas as pessoas, ninguém está livre.
Eu procurei lembrar-me onde o conheci e/ou em que ambiente e não me recordo. Mas, se você fala com tanta convicção as coisas que fala, deve conhecer muita gente em comum comigo.
Você se escondeu e se esconde atrás de comentários pesados, ofensivos e ainda diz que gosta da minha pessoa, imagina se não gostasse... a violência seria bem maior, acredito.

Gente que não tem o que fazer ...

Por favor, ninguém se meta com a minha vida, pois não me meto com a vida de nignuém.

terça-feira, setembro 09, 2008

Your Song

It's a little bit funny, this feeling inside
I'm not one of those, who can easily hide
I don't have much money, but boy if I did
I'd buy a big house where we both could live.
If I was a sculptor, but then again no,
Or a man who makes potions in a travelling show
I know it's not much, but it's the best I can do
My gift is my song and this one's for you.
And you can tell everybody, this is your song
It may be quite simple but now that it's done,
I hope you don't mind, I hope you don't mind
That I put down in words
How wonderful life is while you're in the world.
I sat on the roof and kicked off the moss
Well a few of the verses, well they've got me quite cross
But the sun's been quite kind while I wrote this song,
It's for people like you, that keep it turned on.
So excuse me forgetting, but these things I do
You see I've forgotten, if they're green or they're blue
Anyway, the thing is, what I really mean
Yours are the sweetest eyes I've ever seen.
And you can tell everybody, this is your song
It may be quite simple but now that it's done,
I hope you don't mind, I hope you don't mind
That I put down in words
How wonderful life is while you're in the world.

sexta-feira, setembro 05, 2008

Desejos


Desejo...
Desejo ser transparente
como água cristalina dos lagos nunca antes mergulhados pelo homem
Desejo ser tranquila
como o verde do mato ao sabor dos ventos, do sol e das chuvas
Desejo ser livre
como o vôo dos pássaros sob o céu azul
pousar nas mais bonitas flores, cheirar os mais aromáticos perfumes, saborear os melhores pólens
Desejo ser bonita
como as mais belas espécies
Desejo a sabedoria dos não ansiosos e dos que sabem ouvir e discernir
Desejo a simplicidade, mesmo usufruindo dos luxos e das mordomias a mim concedidas
Desejo ser real merecedora das minhas conquistas, minhas vitórias
Desejo o amor mais puro e mais verdadeiro e se possível... o mais possível possível
Desejo amigos
Poucas perdas, poucas dores...
Desejo alegria, paz, saúde e harmonia.
Beijos, abraços, afagos, carinhos, palavras bonitas, olhares recíprocos.
Simplismente desejo.

quarta-feira, setembro 03, 2008

Tô aqui no trabalho...
Acabei de concluir um relatório de vagas para SP.
Relatórios
Relatórios
Relatórios...
Foi ruim não.

Comprei um livro.
Mais um para a minha biblioteca tão sortida de livros que vão de títulos sobre "Conhecendo o Seu Pastor Alemão" a Cozinha da Ofélia, Pra quê Menstruar e Tudo sobre Vinhos.
Esses são os que não leio.

Mas também tenho Filosofia, muita Psicologia Clínica e Organizacional, Literatura Brasileira e poesia.
Pois bem.
Não sou fã de Freud, mas devo dar o braço a torcer. O bichinho me ajudou a ser gestalt.
Segunda-feira estava na Livraria Cultura fazendo hora para ir ao Burburinho.
Passiei pelas alas de livros e deparei-me em Psicologia. Lá encontrei: A Dor do Amor

Calma !

Não é livro para os doloridos de cotovelo.

É um assunto abordado de forma bem interessante por um Psicanalista que retrata as dores físicas e psiquicas, todas baseadas e fundadas na falta/perda do amor.

Amor em todas as circunstâncias. Não só o de homem e mulher.
Perdas inesperadas, abandonos, ausências com presença, rejeição, auto-estima e por aí vai.

Este livro me calhou.
No momento presente e há algum tempo, tento trabalhar de uma amneira positiva as minhas perdas. Ainda sinto medo de muita coisa e de muitas perdas que inevitavelmente irão ocorrer e outras que são apenas fruto da minha imaginação. Pelo menos por enquanto.

É um livro um pouco racional quando se trata de falar sobre afetos, emoções e coração, mas. Alguém tem de fazer o trabalho sujo não é mesmo ?

Ele me ajuda a ver que não devemos temer as perdas e como diz o velho ditado popular: se perdeu, é porque não era teu.

Se pararmos para pensar, existem muitas coisas que julgamos serem nossas ou parte de nossas vidas e no entanto não é a verdade. Estamos deveras mal-acostumados e acomodados com certas situações, coisas, pessoas.

" Todo carnaval tem seu fim"
Mas, durante o carnaval é bom pelo menos curtir e tirar algum proveito.

O carnaval dos amigos, dos amores, da família, do trabalho.

Imaginem: tudo é passageiro na vida da gente, pois somos constantes em movimento.
Saber isso hoje me alivia. Me traz a esperança que posso conseguir muito melhor do que hoje ou pior, o destino e o que faço em meu prol é quem diz.

Queria muito que esse meu pensamento fosse uma das constantes. Acho que viveria melhor.