Noite turbulenta. A rua estava imersa numa enorme muvuca.
O comportamento humano é incrível e quando está em total desequilíbrio é mais fascinante ainda.
É quando percebemos o quanto somos criaturas desconhecidas de nós mesmos.
Sentimentos, limites, frustrações, traumas, dores de toda sorte sofridas e não ainda superadas que carregamos como o prisioneiro arrasta sua bola de ferro sem a expectativa da liberdade.
Mentes torturadas, capazes de absurdos incontados motivados por um passado de faltas e perdas.
Um grande oco, um vazio perene que por mais que se tente encher, é como um saco furado, uma peneira larga, um baú sem fundo. Nada preenche. Infelicidade constante.
Como ajudar uma mente torturada? Difícil...
Dou-me conta do quanto tenho. Uma mente sã. Isso é tanta coisa, mais tanta coisa que torna-se incomensurável.
Não consigo não observar. Não consigo não reparar na existência além da minha e de como tudo se move entre as pessoas.
Minhas conjecturas por vezes passam raso, mas... na sua grande maioria afinadas com a realidade.
Não quero e nunca serei como ninguém nunca será o grande sábio do mundo, mas, observar as pessoas e seus comportamentos diante do acontecimentos da vida me faz aprender mais sobre quem sou eu.
E quanto mais me descubro nos outros, mas me gosto e me confirmo sã !
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