quinta-feira, outubro 09, 2008

Somos o mar e a corrente
a plantação e a semente
o ar e a liberdade premente
o fogo do amor puro, inocente;
*
Somos o labirinto trágico
e a medida do conflito
onde balança no Universo
tudo o que é belo e perverso!
*
Somos o navio e os faróis
as vagas e a aventura
a lentidão dos caracóis
e a leveza das gaivotas!
*
Somos os acordes e os ouvidos
a música e os gemidos
o eco dos mundos perdidos
na noite abissal dos conflitos!
*
Somos a liberdade incarnada
a vida nos riscos do nada
a aventura que é vertigem
na retirada e na chegada!
*
Somos o tudo e o nada
a vida no sim celebrada
e a afirmação renegada
da liberdade sagrada;
Somos o silêncio profundo
e a palavra metáfora sibilina
o paraíso dos sons
e esta música abismada
na mais perfeita surdina!...
Véu de Maya

Um comentário:

luis lourenço disse...

fiquei babado...o poema é meu e é lindo, digo eu...se o postou no seu blogue também gostou...obrigado.

cordialmente