Caminhando... como sempre e de costume redundantemente eu caminho ao
trabalho, apressada, atrasada e com meus pequenos passos de quem tem
apenas um metro e meio de tamanho.
Pé ante pé enxergo um absurdo: um
marcador de livros assassinado, morto no chão da calçada, abatido,
pisoteado, abandonado.
Não se deve fazer isso com um objeto tão
importante!
Objetos também tem sentimentos, sim os que damos a eles.
Você já parou para pensar na função de um marcador de livros?
Ele marca sua
vida, sua história, a linha do seu pensamento, a importância do que
você está lendo e aprendendo ou apreendendo ou sentindo ou vivendo
através de um livro.
Não, eu não apanhei o marcador assassinado do chão.
Ele jaz lá, sendo pisoteado por outros transeuntes que passarão pela mesma calçada que eu e decerto o ignorarão.
Ele jaz lá, sendo pisoteado por outros transeuntes que passarão pela mesma calçada que eu e decerto o ignorarão.
Uma lástima!
Hoje estou
de luto pelo marcador de livros assassinado.
Ou, ou será, talvez que alguém, caminhante como eu, distraído nas letras como eu, sem perceber, deixou-o cair ao lufar dos ventos matinais, enquanto absorvido pelas letras conjugadas e sedutoras, escritas naquele papel, não percebeu sua queda fatal?
Ou, ou será, talvez que alguém, caminhante como eu, distraído nas letras como eu, sem perceber, deixou-o cair ao lufar dos ventos matinais, enquanto absorvido pelas letras conjugadas e sedutoras, escritas naquele papel, não percebeu sua queda fatal?
Destino... o destino...
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