Frio.
É um tempo que gosto, além do calor do sol.
Me aqueço, pego um livro bom e leio e ele me ensina e me envia mensagens.
Estou mais leve.
Não me pergunte o porquê, não irei dizer, mas... estou mais leve.
Não foi nada espiritual ou do astral, foi algo bem real.
Estou mais leve por reconhecer sentimentos.
Posso andar mais passos à frente.
A mente, o corpo, as emoções, nossos sentimentos, muitas vezes nos aprisionam em lugares, pessoas e passados aos quais devemos nos desapegar.
Isto não é amor, sabe? é posse.
Me perguntaram no Bar Central: você sente falta de quê?
Não soube responder.
Agora, com esta pergunta ecoando em meus ouvidos...
Sinto falta de tudo o que nunca tive e mágoa de uma expectativa mal criada por um desejo direcionado erradamente.
Descubro hoje, que acho que nunca amei e nunca fui amada.
Jogo de posse e egoísmo, sim, foi o que vivi.
Aquela paz era de mentira. Por trás existia uma possessividade como se eu fosse coisa e uma competitividade como se o amor fosse um jogo de quem pode, que faz, que sente mais ou menos. Muitas cobranças irreais pra se dizer que se ama.
Vai ver que eu nem sei o que o amor.
Quero descobrir.
Quero muito sair do Brasil, realizar meu sonho de ir à Europa, começando por Portugal e Espanha, França, Itália e Inglaterra. Agora os objetivos são outros. Nada de Liverpool e The Beatles, mas aquela minha velha identificação com o país de Gales. Sem influências.
Continuo sim, bem, como posso dizer melhor... ligada nas coisas que ultrapassam a nossa realidade factual, material e cotidiana.
Sinto-me aliviada. Gritar e dizer coisas ofensivas também são necessárias, principalmente quando bem direcionadas a quem precisa ler.
Não sou santa, sinto raiva, mágoa e ódio, pois isto faz parte de todo ser humano.
Então, estou muito aliviada. O que era um sentimento bom, pelo menos da minha parte, virou uma mágoa acrescida de raiva, rancor e mal querer pelo outro. Ódio é muito. Mas, adorei ter desejado o dobro do que me desejaram, afinal preciso dividir essa minha parte ruim com quem merece.
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