Sempre fui criada com bichos em casa. Gatos, mais precisamente. Sempre houveram gatos em minha casa. Xanuca foi a primeira da qual me lembro. Meu pai foi quem deu esse nome a ela.
Quando casei encontrei o cão da minha vida. O próprio Marley, Lessie, Rin tim tim, Benji e quem mais vocês imaginarem.
Banzé do Grota Verde, nome de batismo no pedigree, vulgo Laio, nome que lhe dei quando ele chegou pra mim já com 2 anos de idade. Um Pastor Alemão capa preta puro. Segunda ninhada de Átila do Grota Verde.
Parece mentira o que vou falar aqui, mas é a pura verdade. Sempre tive os meus sonhos. Sonhava acordada, passeando na praia com um cão enorme, já adulto. Ele era vistoso, bonito e andávamos tranquilamente sobre a areia da praia. Nunca sonhei criando um cãozinho desde filhote. Nos meus sonhos acordada ou dormindo era sempre um cão adulto e sempre um cão de grande porte. PIMBA !!! Não deu outra. Quando estava me adaptando na minha segunda casa como casada em Garanhuns, adquiri um filhote de pastor alemão sem pedigree que batizei de Quarupe. Infelizmente esse filhotinho foi mordido por uma cobra coral e morreu envenenado. Fiquei arrasada. Achava que não sabia criar cães. Era o meu primeiro cachorrinho. Após dois meses, o mesmo rapaz que me vendeu o filhote, bateu à minha porta com Laio. Era uma tarde fria de inverno em Garanhuns e eu vestida com toneladas de roupas, morrendo de frio. Laio, ainda Banzé, estava feinho, magro, fedorento e cabisbaixo. Eu olhei pro focinho dele e disse ao adestrador: "Mais que cão lindo! ele estranha pessoas desconhecidas?" "Não D. Andréa."
E Laio me deu logo uma enorme lambida na mão. Um verdadeiro cavalheiro canino. Me beijou a mão. Querem atitude mais fidalga que isto? Um verdadeiro gentleman! Enlouqueci de amores por ele. Não falei ainda, mais tenho uma queda pelo sexo masculino que tem o mínimo de cavalheirismo. "Traga-o aqui logo mais à noite quando o meu marido estará em casa e fechamos negócio."
Naquele mesmo dia Laio era meu cachorro !!!!!Nos demos muitíssimo bem. Fiz um mega tratamento nele e ele de sapo virou um príncipe. Quase o melhor partido da cidade em matéria da raça capa preta de pastores. Enchi-lhe de amor e carinho e mimos. Ele era tão grande que eu não conseguia levá-lo para passear, só o meu marido é que tinha força suficiente. Quando punha as patas dianteiras nos meus ombros, ficava maior do que eu. O CÃO DOS MEUS SONHOS !!!!! E muitas vezes olhava pra ele e não acreditava que aquela belezura era minha e me amava.
O cão mais doce e mais protetor que pude ter. Ele foi o meu "Gordão, Chibungão, o meu Rei" por seis anos. Pra onde fui morar, ele foi comigo: Garanhuns, Recife, São Luiz, João Pessoa. Conquistou toda minha família. Jamais esquecerei essa criatura de Deus que passou na minha vida. Se for contar aqui todas as suas peripécias, não vou parar mais de escrever. Guardo-as na minha eterna lembrança. Te amo meu Gordão !
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