De novo aquela sensação...
Sensação de que mudanças a flor da pele estão acontecendo.
Amadurecimento.
Uma visão mais tranquila e adulta de minha vida.
Talvez eu tenha conseguido me olhar de verdade no espelho e ver os meus atos infantis, as minhas ilusões , a minha realidade.
Acredito que comecei a me amar mais e a achar que o fato de me sentir solitária, mesmo quando acompanhada não é de todo ruim.
Comodismo ? conformidade ?
Pode ser.
Um tipo de cansaço que dá na gente, quando a gente passa a vida querendo fazer parte e no entanto é sempre esquecida ou excluída ou não incluída.
Quando a gente é importante para as pessoas apenas quando elas precisam da gente e depois somos postas de lado como um verdadeiro objeto de consumo temporário.
Me senti assim por muitos anos. Ainda me sinto. Em todas as esferas da vida: pessoal, profissional, familiar e até no amor, acreditem.
Talvez eu queira demais.
Dizem que isso é porque me dôo demais. Pode até ser, pois minha necessidade de ser querida pelos outros e importante para os outros é grande.
Mas, agora isto está mudando.
Começo a sentir o que todos chamam de amor-próprio.
Aquele sentimento que se sente quando a gente se põe em primeiro plano.
Antes de todos os outros.
Quando a gente cede para os outros, porque a gente já tá de bem com a gente.
Quando a gente não se prejudica pelos outros.
E o tamanho do nosso sacrifício pelos outros é menor do que antes.
Ou seja, resumindo:
Quando a gente vira o outro. Porque o outro faz isso com a gente.
Pretere, insignifica, descuida, absorve, consome, enfim, tantas ações posso dizer aqui...
Pois é...
Também posso chamar isso de "melhor aproveitamento dos outros"
e da vida como ela me aparece.
Durante todos esses anos eu chorei tanto pelos outros e senti tanto pavor da solidão...
Hoje não estou fria, mas sim pensando em mim primeiro.
Quando me envolver com alguém, serei sempre o mesmo amor de sempre. Dedicada e atenta ao outro, mas com o detalhe: Não existirá só o outro e sim EU e o OUTRO.
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