Cheguei agora da minha noitada.
E como de costume, quase sempre, trago uma historieta curiosa.
Fui ao Artes y Tacos ver Cabelêra tocar e lá sempre encontro pessoas conhecidas.
Bem, até aí, tudo normal.
A noite rolou, músicas, ajustes de som, blá, blá, blá ...
Peguei a carona contumaz de Cabelêra e como de costume também, paramos no Empório Sertanejo pra ele tomar o último "copo de leite" antes de nanar.
Gente, sentamos ao balcão e fizemos nosso pedido. Estava do outro lado do balcão uma rapaz, que pela lógica das coisas pressupomos nós que seria alguém do bar, funcionário ou um dos donos, sei lá.
Pedimos e ele chamou o garçom e por alguns minutos travamos a conversa achando verdadeiramente que era filho do dono ou qualquer coisa que o valha, enfim.
Até que ele perguntou a Cabelêra: "Você é da TV ? Rapaz, acho que te conheço de algum lugar".
Nos apresentamos todos e continuamos o papo, daqui a pouco o cara vem dizer que é discípulo do Nietzsche e falou de Focault e de Sócrates e descobrimos que estávamos à frente de um professor de História do Ensino Médio e o cara delirou a filosofar, entre sua história de vida, Nietzsche e Cristo.
Eu até então tinha dito apenas: "Prazer, Andréa."
E os dois bicados, Ele e Cabelêra foram desenrolando a conversa existencial fenomenológica e eu só ouvindo ... afinal, fim de noite eu tô de folga, nada de filosofia ou psicologia.
Lá pelo dia amanhecendo, a conversa rolando e tal... o cara disse: "Rapaz, eu só sei que nada sei, que estou aqui tomando uma com você Cabelêra e com você Andréa Psicóloga ...
E eu tomei um susto!
Em nenhum momento eu disse a ele que era Psicóloga, que era fã do Nietzsche e que gostava da filosofia humanista.
Em nenhum momento eu disse a ele que era Psicóloga, que era fã do Nietzsche e que gostava da filosofia humanista.
Putz !!!
Agora, me respondam:
O que é que um cliente bêbado tinha de estar atrás do balcão do bar, como se fosse dono ou gerente ? Um Professor de História, triste e frustrado com a sua vida ?
É por isso que nessas horas, dou o braço a torcer pro Freud:
Nada acontece por acaso !
Mas, ainda vou tentar montar o quebra-cabeças desse momento. Tenho já boas peças.
As armadilhas da noite ...
As armadilhas da noite ...
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