quarta-feira, fevereiro 20, 2008

Sempre tive sonhos.
De todos os tamanhos.
Nas minhas conversas com Deus sempre agradeço quando me dou conta de que consegui algo que há muito venho desejando.
Sonhos são assim. Diferentes de desejos.
Considero sonhos aqueles desejos quase inconcebíveis, porém realizáveis.
Quando era criança, uns 10 anos acho, sonhava em ter corpo de mulher, peitos grandes e bunda bonita, hahaha. Para uma garotinha de dez anos, magrela e branquela, era um sonho.
Ainda bem que hoje não tenho peitões. Senão me odiaria por um sonho tão ridículo ter se tornado realidade.


Depois um outro grande desejo da minha vida era ter um cão. Simples não é ?
Mas, não era qualquer cão. Tinha de ser grande, maior do que eu de preferência (apesar de quê qualquer Doberman já é maior do que eu). Só que eu sempre via nas minhas idealizações um cão já adulto, passeando comigo na coleira, imponente, fidalgo, enfim. Nunca me vi criando um filhote pra depois crescer e etc.
Esse foi um dos sonhos mais incríveis que Deus me deu de presente na realidade.
Passei metade da minha para ter esse pedido realizado. Mas, ele se concretizou num Pastor Alemão Capa Preta puro, que bateu à porta da minha casa quando já tinha 2 anos de idade, praticamente um cão adulto. Foi amor à primeira lambida !

Laio foi a realização de um grande sonho, pois era exatamente o cão que passeava comigo na tela do meu cinema mental. Ele era maior do que eu (quando subia com suas patas em meus ombros, ficava mais alto do que eu) era lindo, uma das melhores ninhadas de seus pais e o melhor de tudo: ele me adorava. Não preciso dizer que eu o idolatrava !
O meu gordão foi embora depois de seis maravilhosos anos de convivência e nunca mais tive outro cão. Ele será insubstituível.

Depois desse sonho pessoal ter-se concretizado foi a vez do trabalho. Na minha vida profissional ainda não estou realizada, mas um momento marcante foi ter conseguido trabalhar numa empresa a qual eu desejava muito e achava impossível conquistar qualquer posição lá. Mas, cheguei lá e fiz o meu trabalho. Não estou mais lá, porém, também não lamento por isso.

Aí vem a vida pessoal, digo, amorosa mesmo. Essa tem uma história incrível !
Ainda não é uma história com final feliz, mas tem uma trajetória interessante. Certa vez fui fã de um rapazola que frequentava o mesmo bar que eu. Quando finquei os olhos nele pensei: "Eita ! é esse!". Mas, como toda adolescente metida a mulher adulta, ele era uma rapaz mais velho e estava interessado em garotas de verdade e não em meninotas ainda de cueiros. Tudo bem, eu era menina de cueiros, mas que já frequentava a boemia do meu Recife, modéstia à parte. Chegava no bar às nove da noite e só saía às seis da manhã. Tinha apenas 15 anos. Hoje em dia as "mulheres de 15 anos fazem muito pior do que eu". Eu era apenas uma boemia literalmente.
Certa manhã... saindo do bar, vejo a minha vítima indo embora e pensei: esse aí tá ferrado, pode até demorar, mas vai ser meu.
Palavras proféticas !

Demorou anos, vidas, relacionamentos, mudanças de estado... fui e voltei para o meu Recife três vezes, casei e descasei pra poder chegar nesta guitarra pela segunda vez. Mas, nem tudo são flores e como diz a música do Chico e do Tom: " como fiz enganos de me encontrar, como fiz estradas de me perder, fiz de tudo e nada de te esquecer ...

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