sábado, novembro 17, 2007

04:33h - AM
Saí do chuveiro.
Fedia a cigarro.
Ouvidos mocos.
Guitas altas.
Voz desafinada na caixa de som.
Suportável.
Burburinho.
Antes, a calmaria de Pierre Vergé, o chorinho da moeda, o china do Mao Tai.
Rockblues.
Não bebi.
Hoje quis ficar sóbria.
Sóbria = observação.
Mulheres bonitas sentaram à minha mesa junto com o meu amigo de bar.
Muita cerveja, dança, sorrisos da fantasia da noite...
E eu sentada, sorrindo... observando.
Muito mais curtindo a música, sacando os instrumentos.
Hoje a Gibson de Morcego tava desafinada, ele até que tentou dar um jeito, mas ...
Pra quem queria apenas barulho, deu pra levar.
Pra queria música, doeu um pouquinho.
E fiquei alí, na primeira mesa do bar, de cara com os meninos mocambos,
Sentada, enquanto, todos em pé, dançavam e também curtiam.
As mulheres, no perigo do mundo cada vez mais sem homens, se mostravam com seus short's, seus copos de bebida, seus cigarros e seus perfumes doces, dançando sinuosamente.
Alguns homens olhavam. Algumas mulheres devem ter se dado bem.
Mas, acho engraçado. Tem gosto pra tudo.
Por "parível que encreça", como diz a Frenética astróloga, também chamei a atenção.
Sentadinha ali, escondida por todos que na minha mesa estavam em pé dançando divertidamente, percebí uma pessoa me olhando.
Era o baixista do interior.
Também me olhavam os mocambos.
Não devem estar muito acostumados com uma mulher, de óculos, com cara de velha chata e intelectual crítica, sentada olhando os dedilhados da guita, utilização de pedais, do contrabaixo e os movimentos sincronizados da bateria, hehehehe.
É bom ser diferente...

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